Se o seu veículo de uma hora para a outra começou a perder a potência e apresentar dificuldade para pegar, ele pode ter sido abastecido com combustível adulterado. A prática não é nova e, mesmo com a fiscalização da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), é possível encontrar consumidores que foram lesados com esse tipo de irregularidade nos dias atuais e em Campos não tem sido diferente.
Um açougueiro, que terá o nome preservado, contou que ao deixar o trabalho no dia 2 deste mês parou em um posto de combustíveis, abasteceu sua motocicleta e seguiu para casa. No dia seguinte saiu com o veículo, mas para sua surpresa, ele parou de funcionar e não pegou mais. Acreditando ser um problema qualquer, levou a moto ao mecânico e após avaliação chegou-se a suspeita de abastecimento com combustível adulterado.
“Ele avaliou o veículo e disse que poderia ser o combustível. Então retirou todo o combustível que apresentava uma densidade diferente e uma parte dela separou de fase. Tive que pagar para fazer a limpeza, mas o prejuízo poderia ter sido muito maior”, contou.
Em contato com a Agência Nacional de Petróleo, o Site Ururau foi informado que o posto citado foi fiscalizado quatro vezes nos últimos cinco anos. Em 2016, o posto foi autuado por gasolina com percentual de etanol diferente do estabelecido na legislação (27%).
“Nas ações de fiscalização da ANP, caso sejam encontradas irregularidades na qualidade dos combustíveis, os fiscais autuam o posto e interditam cautelarmente a(s) bomba(s) e tanque(s) com o combustível não conforme, como determina a legislação brasileira”, explica o órgão regular.
A ANP informou ainda que o auto de infração gera um processo administrativo, ao longo do qual o agente econômico tem, assegurado por lei, o direito ao contraditório e à ampla defesa. Ao final do processo, caso a irregularidade seja comprovada, o posto está sujeito às penalidades previstas na Lei nº 9.847/99, que inclui multa que pode chegar a R$ 5 milhões.
COMO IDENTIFICAR O PROBLEMA
No mercado há 22 anos, o mecânico Alessandro Ribeiro de Souza explica que, mesmo com todos os problemas de infraestrutura da cidade, a maior demanda de veículos em sua oficina é originária de problemas provocados pelo uso de combustível adulterado. Além de ser o carro chefe da emissão de poluentes, o combustível adulterado interfere em componentes de manutenção corretiva e preventiva, diminuindo a vida útil do motor do veículo.
“Um exemplo disso é a vela de ignição que deve ser troca ao atingir 20.000km, mas no caso de um veículo abastecido com combustível adulterado, a vida útil dela cai para metade desse tempo”, explicou Alessandro pontuando que o problema ocorre com as bombas, bicos ejetores, válvulas, pistão entre outros.
O mecânico disse ainda que na maioria das vezes foram constatadas, nos últimos tempos na cidade, a presença do metanol na gasolina. “O metanol trabalha com temperatura muito alta e numa cidade como a nossa essa mistura acaba com o motor, pois não ocorre a queima do combustível que vai para o óleo e é disperso pelo escapamento”, disse.
Alessandro dá dois exemplos de como identificar se o carro ou motocicleta foi abastecido com combustível adulterado. “O primeiro deles é quando o veículo começa a ratear. Isso significa que a central não identificou a mistura (combustível) e o mais prudente é levar logo ao mecânico. O segundo exemplo é estar com o carro na reserva e abastecer com gasolina adulterada, mas no dia seguinte o carro não pegar”, disse acrescentando que normalmente o sensor de oxigênio faz a análise dos gases que no caso da gasolina são 13 litros de ar para um litro do combustível e o álcool são 9 litros de ar para 1 litro de álcool. Quando o combustível está adulterado o sensor informa 50 de ar e 50 da gasolina e/ou álcool.
COMO DENUNCIAR
Em caso de suspeita de irregularidades no mercado de combustíveis, o consumidor deve realizar uma denúncia ao Centro de Relações com o Consumidor (CRC) da ANP, através do telefone gratuito 0800 970 0267 ou do formulário na página http://www.anp.gov.br/fale-conosco.
É muito importante que ao abastecer o veículo, o consumidor exija a nota fiscal, pois é assim que terá informações como CNPJ, razão social, endereço e distribuidora na hora de denunciar e requerer seus direitos.
SAIBA QUAIS SÃO AS ADULTERAÇÕES MAIS COMUNS
ETANOL HIDRATADO
Uma adulteração muito comum é o chamado "álcool molhado", ou seja, o fraudador mistura etanol anidro ao etanol hidratado (o etanol combustível). Isso é proibido: etanol anidro (que tem cor laranjada) só pode ser misturado à gasolina.
GASOLINA
A principal irregularidade encontrada na gasolina é o excesso de etanol anidro (quando fica acima da porcentagem máxima permitida).
ÓLEO DIESEL
A principal irregularidade encontrada no diesel é o aspecto, que deve estar limpo e isento de impurezas. O que varia entre os tipos de diesel comercializados é a quantidade de enxofre que contêm: o S-500 tem 500 partas de enxofre por milhão; o S-101, 10 portes por milhão.
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