Sábado, 20 de abril de 2024

Dia do Basta: mobilizações ocuparam o Pelourinho em Campos ao longo do dia

10/08/2018 às 19h21 10/08/2018 às 19h35

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O último ato no pelourinho teve início às 16h e se estendeu até as 18h / Foto: Ururau

Em defesa do emprego, dos direitos dos trabalhadores e contra o aumento da violência e tantos outros assuntos, várias categorias escolheram o Pelourinho do Calçadão Boulveard Francisco Carneiro de Paula, no Centro de Campos, para os atos públicos pelo Dia do Basta, realizado nesta sexta-feira (10/08) em todo país. A campanha nacional é organizada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e demais centrais sindicais e movimento populares.

No local, além de discursos pautados na defesa dos trabalhadores e trabalhadoras, também aconteceram apresentações culturais que foram acompanhadas pela população que transitava pelo espaço. 

O coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro), Tezeu Bezerra destacou a questão do desemprego que soma mais de 13 milhões em todo país. “Enquanto a gente vive a realidade de aumento de desemprego, ao mesmo tempo vemos o aumento do número de milionários no nosso país e, enquanto isso, o povo passa fome. O Brasil depois de muito e muito anos tinha saído do mapa da fome e voltou agora e isso não é por acaso”, disse acrescentando enquanto isso, os grandes empresários do país dominam o Congresso Nacional e em Brasília agem como senão tivesse acontecendo nada com país.   

O último ato no pelourinho teve início às 16h e se estendeu até as 18h. A coordenadora geral eleita do Núcleo do Sepe/Campos, Odisséia Carvalho disse que o país vive uma situação muito séria. “Nós estamos vivenciando a possibilidade de uma reforma da previdência, onde coloca que o trabalhador terá que ter 65 anos de idade e 49 de contribuição para se aposentar. Na verdade a gente sabe que a realidade do povo brasileiro não é de ter a carteira assinada desde os 16 anos, pois para se aposentar com essa idade teria que iniciar a vida profissional aos 16. Isso é um absurdo, não é verdade que isso acontece. Além disso, basta de desemprego. Estamos vendo a cada dia que o número altíssimo de pessoas desempregadas e empresas fechando”, disse Odisséia que classificou a mobilização como um ato de resistência.  

A professora também falou sobre a situação na Planície Goitacá “Aqui em Campos a quantidade de lojas que foram fechadas tá assim de forma absurda, a questão do ataque aos direitos dos trabalhadores, a questão da violência que aumenta a cada dia mais. Se andar pelas ruas de Campos e pelo Brasil a fora você pessoas, moradores de ruas aumentando cada vez mais, famílias mexendo em lixo para comer. Isso é algo que nos machuca de mais. E porque tudo isso? Há dois anos teve o impeachment da Dilma e falava-se que isso iria acabar com corrupção, trazer o desenvolvimento e muito pelo contrário, o que se viu foram aprovações no congresso nacional, o que a gente chama de PEC do teto de gastos onde coloca o congelamento de gasto para a saúde e para educação em 20 anos. Isso quer dizer que terá menos pessoas nas universidades, recursos escassos para a saúde e para educação. O vemos em Campos hoje, no HGG e HFM são pessoas em marca nos corredores, falta de investimento da saúde, falta de remédios no postos”, disse a professora que garante viver na pele a realidade da educação. “Muita das vezes nosso alunos vai à escola para ter a única refeição do dia. Esse governo que está aí não governa para o povo brasileiro, governa para uma pequena elite.  

Em pleno período de campanha salarial, o Sindicato dos Bancários de Campos dos Goytacazes e Região retardou a abertura de oito das maiores agências da cidade. A atividade começou às 6h, com colagem de cartazes e mobilização da categoria. Até o meio-dia permaneceram fechadas as agências da Caixa, Santander, Itaú e Bradesco (calçadão), Santander, Bradesco e Banco do Brasil (Rua 13 de Maio) e Itaú (Rua Santos Dumont). 

A atividade dos bancários aconteceu em todo o país, dois dias depois de a categoria ter rejeitado, em assembleias nas bases, a proposta feita pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). “Não vamos aceitar que retirem nossos direitos e por isso vamos continuar ocupando as ruas. Neste Dia do Basta é importante reforçarmos esse diálogo com a categoria, com os clientes, com a classe trabalhadora deste país sobre nossa luta e sobre o quanto são justas nossas reivindicações”, disse o presidente do Sindicato, Rafanele Alves Pereira.

Também participaram das mobilizações representantes da Associação dos Docentes da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Aduenf), Federação Única dos Petroleiros (FUP), Associação dos Servidores Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Publicas Estaduais (Sintuperj), Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro (Sindjustiça), Sindicato dos Professores de Campos dos Goytacazes e de São João da Barra (Sinpro); Movimentos dos sem Terra (MST), Pastoral da Terra, entre outros. 

Fonte: Ururau

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