Com 36 anos, a dona de casa Juliana Lopes do Amaral, acaba de ter o 11° filho, na última quarta-feira (18/07), às 21h. O bebê, que recebeu o nome de Thiago, nasceu de parto normal com 3.775 kg e 53 cm. Além de Thiago, outros quatro nasceram no Hospital Público Municipal (HPM), em Macaé. "Sempre fui bem atendida e bem tratada todas as vezes que as crianças nasceram", disse Juliana. A família faz parte de uma lista extensa de atendimentos do HPM. Só no ano passado, a Maternidade do hospital registrou 17.611 atendimentos, uma média de 1.468 por mês. Ao todo, foram 2.720 partos.
Morando na Virgem Santa com sete dos 10 filhos, antes do nascimento do mais novinho, Juliana estava tranquila. Todos nasceram de parto normal. "Não estava esperando engravidar de novo. Até o décimo eu queria. Esse foi surpresa. Quando desmaiei jogando futebol, resolvemos fazer um ultrassom. Já estava no quinto mês de gravidez. Mesmo assim, continuei com o futebol até os sete meses", explicou Juliana, ao lado do marido Amarildo Silva da Fonseca, que é gari da Prefeitura de Macaé.
Os jogos de futebol fazem parte da rotina de diversão e lazer da família. Além dos sete filhos que moram com ela, de 14, 12, 9, 8, 6, 4 e 2 anos (só a de 6 anos é menina, a Natasha), o time de futebol da família conta com a participação da irmã de Juliana que mora nas Malvinas e tem cinco meninas. As outras filhas de Juliana, Estefani, 21, casada, e Denise, 19, solteira, também moram nas Malvinas. O único filho que mora fora, em outro estado, é Antônio de 17 anos.
"Vim para Macaé a passeio com meu antigo esposo. Brigamos, ele voltou para São Paulo, mas resolvi ficar aqui com os sete filhos. Os quatro mais novos são filhos já com Amarildo", explicou.
O acompanhamento da gravidez foi feito na Estratégia Saúde da Família (ESF) do mesmo bairro. As crianças mais novas estudam na EMEI Professora Marli Vasconcelos Lemos, no Botafogo, e os mais velhos no Colégio Municipal Generino Teotônio de Luna, na Virgem Santa. O transporte escolar que atende a Secretaria Municipal de Educação leva e traz as crianças já que eles residem em área de difícil acesso.
O coordenador da maternidade do Hospital Público de Macaé, o médico Nilo de Siqueira Almeida, explicou que o parto da Juliana foi normal e não apresentou nenhum problema grave, às vezes comum na gestação, como diabetes e hipertensão arterial.
Juliana conta que quando a criança estiver com dois meses, vai procurar o Núcleo de Atenção à Mulher e da Criança (Nuamc) Aroeira, para realizar o trabalho de acompanhamento e fazer a laqueadura.
Maternidade
Até abril desse ano, foram registrados 5.479 atendimentos na Maternidade do HPM. Foram 938 partos. O Hospital Público Municipal é referência na região em serviços de média e alta complexidade. A maternidade conta com equipe multidisciplinar, composta por fisioterapeuta, fonoaudiólogo, serviço social, obstetras, neonatologistas, psicólogos, assistentes sociais e anestesistas. Os bebês ficam em acomodação conjunta com a mãe e só recebem alta quando a criança já consegue mamar. Os pais já saem com certidão de nascimento por conta do cartório que funciona no local. No HPM também são feitos testes no bebê, como o da orelhinha e da linguinha.
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