Troca de treinador sempre gera uma grande expectativa nos torcedores e clubes, e no Goytacaz a história se repete. Anunciado na última semana, João Carlos Ângelo, que se apresenta na próxima terça-feira (16/04), às 15h no clube, conversou com a equipe do Site Ururau e revela as razões que o fizeram, ao lado do amigo Gilberto Mello, aceitar o convite de assumir o comando técnico do alvianil, com duas missões das mais acirradas, o acesso à elite do futebol carioca e a volta as competições nacionais.

Depois de algumas temporadas com Paulo Henrique como comandante, e a interrupção nada satisfatória com a contratação de Athirson que não conseguiu ao menos manter o clube na fase inicial do Estadual, a Seletiva, o torcedor teve a notícia da permanência de Paulo Henrique, que chegou a dirigir o time nas últimas rodadas do Grupo X, não conseguindo evitar o rebaixamento, mas, por questões ainda mal explicadas, acabou não permanecendo.

Assim, a diretoria foi em busca de João Carlos Ângelo, treinador conhecido na cidade onde por três temporadas dirigiu e obteve destaque no Americano. “Foi uma grande satisfação quando recebemos o convite do Goytacaz. Sabemos do grande do clube que é, mesmo no momento que não é dos melhores por questões a dificuldades financeiras e também por conta o descenso. Mas acreditamos no potencial do clube com a força de todos, diretoria muito aplicada para que tenhamos uma boa estrutura. Nosso planejamento é chegar a Série A do estadual e chegar as competições nacionais. São grandes desafios e a vida é feita deles”.

Como dito pelo próprio comandante o clube está se reestruturando após rescindir com o parceiro que esteve no clube nas últimas temporadas. Marcelo Santiago, que vinha exercendo a condição de vice jurídico agora é o vice de futebol e foi o responsável pelo contato com a dupla João Carlos e Gilberto Mello.

O elenco está sendo formado com a participação e entendimento entre comissão técnica e a diretoria. Na última quarta-feira (10) todos estiveram juntos reunidos em Campos. “A partir do momento que consigamos montar uma equipe competitiva e com o apoio da grade torcida que é de fato um diferencial, e com a estrutura sendo oferecida pelo clube, acredito que vamos superar as adversidades. Hoje a maior é justamente a desestabilidade financeira, mas pelo pouco contato que tivemos até agora, me fizeram acreditar que estão fazendo o máximo de esforço possível para superar tudo isso, e vamos fazer a nossa parte”.

FORMAÇÃO DE ELENCO

A reportagem tentou extrair do treinador, que está no Rio de Janeiro, alguns nomes já acertados e que se apresentam na próxima terça-feira, mas seguindo seu perfil, manteve o sigilo, o que inclusive está sendo seguido pela diretoria também. “Estivemos na quarta em Campos e seguimos trabalhando, a comissão técnica e a diretoria, nas contratações. Os jogadores têm outras propostas e temos que mobilizar e negociar. Tem atletas com quem já trabalhei e outros com quem não trabalhei, mas monitorei. Estamos querendo os que possam vestir a camisa e deixar o torcedor orgulhoso buscando o tempo todo a vitória”.

Diante da fala e o que é normal no âmbito do futebol, pode estar por pintar jogadores que defenderam o Americano com ele e que desembarcarão na Rua o Gás. “Tivemos algumas conversas com equipes da Série D, por exemplo, e o que nos motiva são os objetivos. Não adianta trabalhar uma equipe que não tenha planejamento e objetivo de alcançar, que se forma apenas por competir. Então, quando tivemos o convite analisamos exatamente isso, fazer um grande trabalho nesse grande clube e conduzir esse trabalho”, declarou João Carlos, que iniciará as atividades com o elenco que será apresentado na terça-feira.

Ainda sobre o trabalho realizado no Americano e a lembrança dos clássicos contra o Goytacaz, fez o destaque da expectativa de novos confrontos, dessa vez do outro lado. “Tivemos por três anos no Americano e sabíamos da rivalidade. Sou muito grato pela oportunidade que tive lá. São duas grandes forças que fazem engrandecer o futebol de Campos. Nós, na condição de profissionais trabalhamos em alguns desses clássicos e fazia gosto de ver o envolvimento das duas torcidas, e com certeza foi uma das causas que aceitamos esse projeto, porque trabalhar num clube com essa torcida nos motiva e inspira. Esperamos já na Seletiva ter esse clássico novamente. É o nosso objetivo”.

Conhecer bem o futebol o do Rio de Janeiro e as experiências adquiridas nas últimas temporadas em que trabalhou ainda no América e principalmente na Portuguesa, faz de João Carlos um conhecedor dos caminhos a seguir para a obtenção do sucesso. “Como falei nossa expectativa é de ter equipe competitiva. Muitas equipes estão se estruturando para buscar o mesmo objetivo, mas vamos estar nessa briga. Sem dúvida toda conquista tem que ter um planejamento com todos em seus devidos lugares. Por isso, exigimos de nossos atletas tendo o respaldo do clube”.