Já faz um ano que Lucas da Cruz Bonifácio entrou para a história do clássico Goyta-Cano com um gol aos 44 minutos do segundo tempo, que classificou o Alvianil à primeira divisão do Carioca depois de 25 anos de espera. O dia que não sai da cabeça do torcedor do Goyta virou uma espécie de segundo aniversário para o predestinado atacante da Rua do Gás. Luquinha virou ídolo instantâneo de uma massa apaixonada e, depois de 365 dias, ainda colhe os frutos do maior êxito de sua carreira até agora.
Antes de 16 de setembro de 2017, Luquinha já era um jogador importante para o Goytacaz, tendo atuado em 40 partidas oficiais num espaço de menos de dois anos como profissional. Alçado às partidas quase sempre na segunda etapa, quando tendia a render mais por conta de sua velocidade, costumava ser uma "carta na manga" do técnico Paulo Henrique. Quando substituiu um lesionado Jefinho, que jogou a partida do acesso com o pé quebrado, o destino do camisa 18 parecia traçado. O gol, originado em um rebote de uma bolada do zagueiro adversário Espinho, mudou sua vida.
“Primeiramente, agradeço a Deus por ter feito tanta coisa, só tenho a agradecer, cada dia mais. Um ano passou rápido, né? Passou voando (risos). O que mudou na minha vida é que, graças a Deus, eu entrei na história do Goytacaz. Sou muito grato por entrar na história de um clube centenário. Minha família, meus amigos, meus companheiros de trabalhos, a torcida e a diretoria foram muito importantes nisso”, afirmou Luquinha.
De forma imediata, Luquinha foi erguido ao status de herói. Uma vez que o empate sem gols dava a vaga ao rival Americano, foi o tento do atacante que mudou as coisas a favor do Goytacaz. Tornou-se o talismã definitivo do time, passou a ser pedido com frequência pelos torcedores e, coincidência ou não, ficou ainda mais decisivo. Hoje com mais de 50 partidas pelo time campista, o franzino ponta que começou no campo do União Atlético Clube, de Travessão, pode ter vivido um 2018 menos intenso, mas segue sonhando.
Em um ano, Luquinha ganhou uma camisa personalizada com o número 44 – alusivo ao tempo de jogo no momento de seu gol histórico –, recebeu uma oportunidade no Madureira, onde jogou apenas uma vez, começou a namorar e foi batizado (coincidentemente, em um dia 16 de setembro). Mas ainda mais importante é o lugar conquistado, para sempre, no coração da torcida do Goyta. Este, nem muitos quartos de século devem ser capazes de apagar.
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