Quinta-feira, 25 de abril de 2024

Superação como combustível para uma vida de vitórias

Nadadora tenta driblar dificuldade financeira e manter-se nas competições

15/07/2018 às 09h45 15/07/2018 às 09h45

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Próximo desafio da Andreza Soares será uma prova de 3,5km, no dia 22, em Rio das Ostras / Foto: Arquivo Pessoal

A superação virou uma das companheiras mais íntima da nadadora de águas abertas, Andreza Soares de Oliveira, de 41 anos. Acostumadas com vitórias, a professora de educação física, que quase parou de competir por causa de neoplasia colorretal, agora precisa driblar as dificuldades financeiras para conquistar novas vitórias e manter-se entre as melhores do ranking estadual, feito que obteve em 2016 e 2017.

O próximo desafio já tem dia e local marcado, já que Andreza compete dia 22, em Rio das Ostras, uma prova de 3,5Km, pela Fazendo Àguas Abertas e Esportes no Estado do Rio de Janeiro (FABERJ). Atualmente, a atleta que dedica cerca de 1 hora e 30 minutos diariamente aos treinos, acumula 12 pontos.

“Não tenho patrocínio para as competições e, por isso, fiquei sem competir três etapas só este ano. Não posse deixar de participar de nenhuma das cinco provas que ainda faltam, pois isso afasta as chances de me manter no ranking”, explica Andreza que é treinada pela Equipe Rômulo Santos.

As competições vão até novembro deste ano. Entre as dificuldades enfrentadas pela atleta estão despesas com inscrições nas provas, estadia e deslocamento. Os custos variam entre R$ 600,00 a R$ 1.000,00, quando as competições ocorrem dentro do estado do Rio de Janeiro. Para as competições fora do Estado, os custos são ainda maiores.

“Tem prova que acontece na Região dos Lagos e outras na capital. Sempre paguei para competir, mas a dificuldade financeira tem atrapalhado as minhas competições, mas não posso desistir”, disse Andreza, que recebeu esta semana apoio da Rádio BandFM 96,1 com os custos das passagens para as próximas competições.

Além de competir pela FABERJ — provas de Travessia e Mini Travessia na categoria 40/44 anos—, este ano Andreza também está encarando as provas promovidas pela Maratona Aquática Sem Fronteiras (MASF). A última competição ocorreu no dia 20 de maio, onde ela terminou a travessia de 2,5Km em terceiro lugar.

“No dia anterior [19 de maio] teve uma prova extra de 5Km que recebeu 50 competidores entre homens e mulheres e também cheguei em terceiro lugar, mas ela não valia para ranking. Foi uma prova em homenagem a Piedade Coutinho, uma das maiores nadadoras da história da natação do Brasil”, disse.

A próxima competição pela MASF, que está em sua 4ª Etapa, será no dia 5 de agosto em Angras dos Reis. “Nesta competição também já fiquei fora de duas etapas por causa da questão financeira”, declarou.

Mesmo diante das dificuldades, Andreza não se vê fora das competições. “Estou me esforçando. O mês que for possível, eu vou. Costumo dizer que qualquer ajuda é bem vinda”, disse a atleta que como contrapartida para possível patrocínio tem ofertado a divulgação da marca durante as competições, redes sociais e eventos dois quais participa. 

SUPERAÇÃO E PAIXÃO PELO ESPORTE

Andreza Soares iniciou-se na natação ainda pequena quando a mãe, que teve problemas com bronquite principalmente durante a gravidez, atendeu uma recomendação médica e matriculou a filha no esporte. A paixão pelo nado foi se desenvolvendo, vieram os pódios, mas um diagnóstico de neoplasia colorretal, em 2011, interrompeu a prática do esporte e a afastou das competições.

“Foi uma surpresa. Ninguém espera passar por esse tipo de doença, por mais informação que temos e sabemos que ninguém está livre, mas ainda assim levei o mais naturalmente, sempre pensando que ia passar pelo que tivesse que passar e que ia fazer o melhor possível”, relatou ela que a época estava com 35 anos.

A atleta passou por todo o procedimento exigido com vista à cura da doença, inclusive antes de ir para a mesa de cirurgia, recebeu o diagnóstico de que iria usar para sempre uma bolsa para colostomia, o que impossibilitaria ela voltar a entrar na piscina e no mar, mas houve reversão do caso. “Deus operou milagre e dois meses depois do procedimento cirúrgico não foi mais necessário usar a bolsa”.

Passado um ano e meio fora de competições, um colega fez convite a Andreza para nadar em águas abertas. A jovem não hesitou e participou da primeira prova em 2015.

“O objetivo era participar por hobby, mas as coisas foram fluindo, fui adquirindo pódio, treinando mais, focando mais e ai vi que precisava buscar novas conquistas e estou lutando”, disse a atleta que em 2016 e 2017 foi a segunda colocado no rankung estadual de natação em águas abertas.

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