Quinta-feira, 28 de março de 2024

Agro deve crescer 1,5% neste ano e 2% em 2019, projeta Banco Central

02/10/2018 às 11h43

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Pelo lado da oferta, é o setor que mais deve crescer em 2018. Para indústria e serviços são estimados crescimentos de 1,3% / Foto: Reprodução

Depois de encerrar 2017 com um crescimento de 13%, a agropecuária brasileira deve crescer 1,5% neste ano. As projeções foram mencionadas na apresentação referente ao relatório trimestral de inflação referente ao segundo trimestre, divulgado pelo Banco Central (BC). Pelo lado da oferta, é o setor que mais deve crescer em 2018. Para indústria e serviços são estimados crescimentos de 1,3%.

Para 2019, as projeções de crescimento para agropecuária, indústria e serviços são de 2%, 2,9% e 2%, respectivamente. Em relação ao resultado geral da economia brasileira, o Banco Central acredita em crescimento de 1,4% neste ano e de 2,4% no ano que vem. Em 2017, o Produto Interno Bruto (PIB), soma das riquezas do país, registrou expansão de 1%.

"A economia segue operando com alto nível de ociosidade nos fatores de produção e a economia se encontra em processo de recuperação em ritmo mais gradual", avaliou o diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Viana, pontuando que os dados apresentados teriam algum "ruído" por conta dos efeitos da greve dos caminhoneiros, entre maio e junho deste ano.

Na apresentação, o Banco Central destacou que analistas de mercado financeiro consultados semanalmente para a elaboração do Boletim Focus revisaram suas projeções para este ano depois da greve no transporte. No entanto, não é possível atribuir a revisão só ao movimento dos caminhoneiros. A projeção atual está de acordo com o cenário de recuperação gradual da economia.

Sobre a inflação, a visão da autoridade monetária é de que a greve dos caminhoneiros teve um efeito temporário. A partir do momento em que a oferta de produtos no mercado se normalizou, os preços se ajustaram. Projeções de analistas financeiros reforçam essa tese, segundo o BC, já que estão menores para o período de agosto a setembro.

Em relação ao que vem de fora, a avaliação é de que o cenário ainda é "desafiador", de acordo com a instituição. A apresentação do relatório de inflação menciona incertezas relacionadas ao comércio global e riscos associados a mudanças nas taxas de juros nos países mais ricos. Haveria, assim, um apetite menor dos investidores em colocar capital de risco em economias emergentes, o que inclui o Brasil.

Atividade econômica e reformas

Em sua mais recente reunião, realizada neste mês, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu manter a taxa básica de juros da economia em 6,5% ao ano. A Selic, que serve de referência para os negócios com títulos públicos e custos de outras operações de crédito, é um instrumento de política monetária para controlar a inflação

A apresentação menciona que o Copom ainda vê um nível de ociosidade elevado na economia, de um lado, que pode manter a inflação em uma trajetória aquém da esperada. De outro, caso se deteriore expectativa relacionada às reformas consideradas necessárias para a economia, os índices de preços podem acelerar, cenário que pode ser agravado pela situação da economia global.

Para o Comitê de Política Monetária, as reformas são necessárias para manter a inflação sob controle no médio e longo prazo e estimular a redução de taxas de juros. Reitera, no entanto, que, neste momento, a conjuntura econômica ainda admite taxas em patamares considerados baixos, o que pode mudar caso as expectativas para a economia piorem.

Fonte: Portal do Agronegócio

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