Quinta-feira, 25 de abril de 2024

Após quase três meses de plantio, agricultores colhem as primeiras 12 fileiras de tomate italiano do sistema Tomatec

07/07/2018 às 10h48

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Parte dos frutos já foi encomendada por restaurantes e hotéis de Campos, enquanto outra parte será transformada em extrato com selo de qualidade Embrapa / Foto: Supcom

Após quase três meses de plantio, os agricultores da Fazenda Santa Helena, em Santa Cruz, colheram as primeiras 12 fileiras de tomate italiano do sistema Tomatec, uma iniciativa da “Caravana Campos para Além dos Royalties”. Parte dos frutos já foi encomendada por restaurantes e hotéis de Campos, enquanto outra parte será transformada em extrato com selo de qualidade Embrapa.

"Estivemos aqui no dia 16 de abril plantando as primeiras mudas com os alunos da Escola Municipal Helena Machado de Oliveira, e é com grande satisfação que retornamos para fazer a primeira colheita: a primeira de um novo futuro de Campos, repensando a cidade para além dos royalties", disse o prefeito Rafael Diniz que, nesta sexta-feira (6), participou da primeira colheita do Tomatec. Na ocasião, foram colhidos 200 quilos de tomates livres de agrotóxicos.

Três quilos da primeira safra foram colhidos pela Embrapa e enviados à Fiocruz, que emitirá um selo de qualidade comprovando que o produto é livre de agrotóxico e advém das melhores práticas da agricultura familiar. O produtor rural Wando de Oliveira e o coordenador do Fórum Agronorte, Edison Faez, já fecharam negócio com oito restaurantes e dois hotéis da cidade.

O próximo passo é fazer propaganda no rádio e na TV da cidade, pois a venda local é a prioridade de Wando de Oliveira. "Ao me formar técnico agrícola em 1978, ainda muito jovem, fui trabalhar em uma das usinas de açúcar na região. Depois também cultivei cana e outras lavouras, como milho e aipim, chegando a levar produtos para a cidade do Rio de Janeiro. E agora, quando vi a oportunidade de cultivar um produto diferenciado, sem agrotóxicos, não perdi tempo. Ser pioneiro implica em maiores riscos, mas também dá a boa sensação ser o primeiro a fazer, na região, algo que ninguém ainda fez", disse o produtor.

A colheita foi acompanhada por representantes da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Pesagro e Companhia de Desenvolvimento de Campos (Codemca). As entidades instalaram um estande na 59ª Exposição Agropecuária do Norte Fluminense onde haverá uma máquina para fabricar polpa de tomate. Segundo Edison Faez, na próxima quarta-feira, parte da colheita será enviada a uma indústria familiar de polpa de tomate em Tanguá, próximo à Região Metropolitana do Rio.

"É natural que alguns tomates tenham cicatrizes ou particularidades que dificultam a venda, e esses são transformados em polpa, sem uso de conservantes. Transformamos em um novo produto e, assim, temos perda zero para toda a safra", explicou Faez.

As colheitas continuam a cada dois ou três dias, de acordo com o desenvolvimento dos frutos, e prosseguem pelos próximos 150 dias. Em março do ano que vem, serão feitos novos plantios para que o ciclo recomece. Além das 12 primeiras fileiras, outras quatro foram plantadas. Conforme houver demanda, a fazenda pode produzir até 10 toneladas do produto numa área de 720 metros quadrados na localidade de Santa Cruz, a 15 km do Centro.

Além dos royalties

O programa “Caravana Campos para Além dos Royalties”, do governo Rafael Diniz, definiu uma série de ações para reduzir a dependência da compensação financeira pelos impactos da produção de petróleo e gás na Bacia de Campos. Para o vice-presidente da Codemca, Marcel Cardoso, o sucesso da primeira aposta da “Caravana” é fundamental para novas atividades que estão a caminho.

"Além do Tomatec, teremos outras opções de investimento, dentre elas o palmito pupunha e a galinha de postura, para fornecer ovos para a produção do nosso tradicional chuvisco. A ideia é ampliar e diversificar o leque de atividades produtivas, gerando emprego e renda, para irmos reduzindo a dependência do município em relação aos royalties do petróleo", observa.

Em todos os polos, a proposta é usar boas práticas agrícolas com sistemas que evitam ao máximo os defensivos químicos. Para isso, utiliza-se de fertirrigação (água misturada a nutrientes) por gotejamento, o ensacamento das pencas (para proteger os frutos de pragas) e “fitilhos” (fitas verticais substituindo os bambus cruzados) sustentados por arames.

Fonte: Supcom

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