Os 100 maiores produtores de leite do Brasil produziram 7,3% a mais em 2018, alcançando média diária de 19.238 litros. Esta é uma das constatações do levantamento Top 100, iniciativa do portal MilkPoint. Esse resultado é 194% maior do que a média geral do estudo, iniciado em 2001. No período, a produção formal aumentou 85,2% e a produção total do país evoluiu 63,3%, mostrando que os Top 100 cresceram expressivamente mais que o leite brasileiro como um todo.
O Top 100 também retrata que os 10 maiores produtores de leite do Brasil expandiram a produção em 17,4% em 2018, 10% a mais do que a média geral. Eles são de Minas Gerais (4), São Paulo (3) e Paraná (3).
“O Paraná apresentou a melhor produtividade por vaca, com média de 34,4 litros/vaca/dia e apareceu em segundo lugar em número de propriedades (19) no Top 100 (dois a menos que a última pesquisa)”, informa Marcelo Carvalho, CEO da AgriPoint, que organiza o levantamento.
Minas Gerais foi o estado mais representativo do ranking, com 44 propriedades (quatro a mais que em 2017). Na sequência, aparecem Goiás com 10 fazendas, São Paulo com 9, Rio Grande do Sul, com 7, Ceará com 4 e Bahia com 3.
A raça Holandesa é a raça leiteira mais utilizada pelos produtores do Top 100 do MilkPoint, estando presente em 75 fazendas. A raça Girolando é utilizada em 23 propriedades.
Em 2018, a maioria dos produtores (52%) teve custo de produção entre R$ 1,10/litro e R$ 1,30/litro. A média de Contagem de Células Somáticas (CCS) dos Top 100 foi de 284.633 células/ml e a Contagem Bacteriana Total (CBT) de 17.548 UFC/ml.
O laticínio CCPR/Itambé capta leite de 17 fazendas do Top 100. Em seguida, estão o Pool Leite, com 16 propriedades; Embaré, Piracanjuba e Danone.
A Fazenda Colorado (Araras, SP) mantém o título de maior produtora de leite do Brasil. No ano passado, a propriedade teve aumento de 9% no volume produzido diariamente, totalizando 73.730 litros/dia.
Planos de aumento da produção – 90% dos produtores do Top 100 pretendem expandir a produção de leite nos próximos três anos; apenas 10% disseram que não pretendem ampliar a atividade.
O levantamento também aponta que 39% dos produtores consideraram a rentabilidade da atividade leiteira em 2018 melhor do que a média se comparada a outros anos (ante 7% em 2017); 33% afirmaram que esteve igual e 28% a consideraram pior que a média.
“O Top 100 nos permite ter uma visão sobre como é realizada a produção pelos maiores produtores de leite do Brasil, representando de certa forma um radar voltado para o futuro, já que a tendência é o aumento dos módulos de produção”, destaca Marcelo Carvalho, CEO da AgriPoint.
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