Domingo, 06 de julho de 2025

Como se formam as pedras nos rins?

11/06/2019 às 11h36

Facebook Whatsapp Twitter
Facebook Whatsapp Twitter
Conheça os fatores de risco do desenvolvimento das pedras no rim, como prevenir e tratar a condição! / Foto: Reprodução

As pedras nos rins ou cálculos renais são uma causa frequente de procura ao atendimento de urgência e emergência no mundo inteiro. A condição é a causa de aproximadamente 60% de todos os atendimentos de urgência relacionados à urologia.

A cólica renal é a manifestação clínica mais conhecida das pedras no rim, com quadro de dor lombar súbita, de forte intensidade e podendo estar acompanhada de náuseas e vômitos. (1)

Tipos de cálculos renais
A composição dos cálculos renais é variada, sendo que 70% deles são formados de oxalato de cálcio. Os outros 30% se distribuem entre cálculos de ácido úrico, cistina (um aminoácido que pode ser eliminado de forma anormal na urina de crianças com a deficiência de uma enzima específica), cálculos relacionados a infecção urinária (estruvita) e outros de composição mais rara. 

Análise da composição química dos cálculos foi um procedimento muito utilizado na década de 90 mas caiu em desuso, uma vez que houve um avanço nos exames laboratoriais e o melhor entendimento dos fatores causadores por parte da comunidade médica.

Fatores de risco
Principais fatores de risco para o surgimento do cálculo renal são: 

Fatores genéticos
Pouca ingestão de água e outros líquidos claros
Excesso de ácido úrico no sangue Infecção urinária de repetição
Alterações genéticas que levam a um defeito na eliminação urinária do aminoácido cistina
Sobrecarga de sódio na dieta
Eliminação excessiva de cálcio na urina, conhecida como hipercalciúria

Como diagnosticar?
O diagnóstico do cálculo renal pode ser feito através da radiografia simples de abdome, ultrassonografia de rins e vias urinárias ou através de exames mais modernos como a tomografia computadorizada.

Além disso, avaliação metabólica no sangue e na urina de 24 horas são métodos diagnósticos auxiliares para identificar fatores de risco específicos que possam ser corrigidos com medicações.

Tratamentos
Cálculos menores de 7 mm costumam ser tratados de forma conservadora, através da mudança de hábitos alimentares, aumento da ingestão de água e a utilização de medicações específicas, nos casos em que alterações metabólicas são identificadas.

Para cálculos maiores de 7 mm o tratamento ativo costuma ser indicado. A litotripsia externa é uma alternativa não invasiva que utiliza ondas de ultrassom de alta intensidade para a fragmentação dos cálculos no interior do rim.

A litotripsia externa é pouco efetiva para cálculos com densidade elevada e aqueles que provocam a obstrução da via urinária. Nos casos de cálculos de alta densidade, obstrutivos ou de grande volume, o tratamento cirúrgico costuma ser a melhor opção.

A cirurgia pode ser feita através de uma endoscopia, com o equipamento de fibra ótica flexível acoplado a uma fibra de laser para fragmentação e aspiração dos cálculos no interior dos rins.

Cálculos volumosos em geral não são tratados por essa via. Nessa situação os urologistas tendem a utilizar a cirurgia percutânea, que é realizada através de uma pequena incisão de 3 cm nas costas para criar um trajeto da pele até o rim.

Através desse trajeto um equipamento de fragmentação dos cálculos é utilizado para o tratamento.

Consequências
Cálculos renais podem crescer e dificultar a drenagem da urina para o ureter, causar infecção urinária de repetição e em casos mais severos obstrução completa da filtração renal, uma condição conhecida como cálculo coraliforme obstrutivo.

O cálculo coraliforme recebe esse nome por se assemelhar a um contorno de um coral. essa condição geralmente está associada a infecção urinária de repetição por duas bactérias específicas, proteus mirabilis e pseudomonas aeruginosa. 

Como prevenir as pedras no rim?
A principal forma de prevenção do cálculo renal é com o aumento da ingesta de água. entretanto Em algumas situações é possível identificar através de uma análise bioquímica na urina de 24 horas, anormalidades na eliminação de cálcio, citrato, oxalato, ácido úrico e cistina. Caso uma anormalidade seja detectada, o urologista fará o tratamento medicamentoso apropriado. 

Como regra geral, o controle da quantidade de sal ingerido é uma medida universal, que vale como prevenção em conjunto com a ingestão adequada de água em todos os casos de pessoas que buscam prevenir o surgimento de novos cálculos renais.

Fonte: Quero Viver Bem

Últimas Notícias

EM ALTA

Aviso importante: a reprodução total ou parcial de qualquer conteúdo (textos, imagens, infográficos, arquivos em flash etc) do Portal Ururau não é permitida sem autorização e os devidos créditos e, caso se configure, poderá ser objeto de denúncia tanto nos mecanismo de busca quanto na esfera judicial. Se você possui um blog ou site e deseja estabelecer uma parceria com o Portal Ururau para reproduzir nosso conteúdo, entre em contato através do email: comercial@ururau.com.br

Todos os direitos reservados - Ururau Copyright 2008-2022 Desenvolvimento Jean Moraes