Quinta-feira, 25 de abril de 2024

Criança vegetariana: pode isso? Veja como construir esse menu direito

20/05/2018 às 11h49

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Segundo entidades médicas, sim! Só é preciso cautela para contornar possíveis deficiências nutricionais / Foto: Reprodução

A nutricionista clínica Ana Ceregatti, especializada em vegetarianismo, nunca vai se esquecer de Júlia, pequena paciente que recebeu em seu consultório em Campinas, no interior paulista. Com 5 anos de idade, a menina carregava uma boneca e uma mamadeira. Dentro da garrafa, havia um líquido de mentirinha – mas que, para a garota, possuía grande valor. “Trouxe leite de amêndoas para ela”, explicou.

Júlia decidiu desde muito cedo que não comeria “bichinhos” – nem alimentos derivados deles. Natural, então, excluir o leite de vaca da dieta de sua bonequinha. O mais surpreendente é que seus pais não tiveram nada a ver com a opção. Onívoros, eles consumiam fontes animais numa boa – daí porque marcaram a nutricionista para a menina.

Embora sua história seja peculiar, Júlia faz parte de uma fatia da população infantil que só tende a se multiplicar. Segundo pesquisa do Ibope, 15,2 milhões de brasileiros com mais de 18 anos se declaravam vegetarianos em 2012. É muito provável que os descendentes de toda essa gente sejam criados segundo os hábitos alimentares dos pais. Mas isso leva ao questionamento: será que essa é realmente uma dieta apropriada para quem está em plena fase de desenvolvimento?

O que as entidades médicas dizem sobre o assunto

Para a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), os pequenos podem, sim, ser vegetarianos. A entidade não está sozinha nessa posição. A Associação Dietética Americana, a Academia Americana de Pediatria e a Sociedade Canadense de Pediatria pensam da mesma maneira. Para auxiliar os profissionais a lidarem com esse público crescente, a SBP até lançou, no ano passado, um guia prático sobre vegetarianismo na infância e na adolescência.

Os autores do documento ponderam que existe o risco de os pequenos desenvolverem deficiências nutricionais, já que acabam consumindo menos grupos alimentares. De acordo com o guia, esses cardápios deixam a desejar, em geral, em energia, gorduras, ferro, vitamina B12, cálcio e zinco. Mas, com o devido acompanhamento de um profissional especializado (e com a suplementação de nutrientes, se necessário), não haveria perigo em crescer longe de produtos de origem animal.

Fonte: Abril Saúde

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