Sexta-feira, 19 de abril de 2024

Crianças têm mais chance de sobreviver a quedas do que adultos

26/05/2019 às 03h53

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Menina de três anos caiu de quinto andar, uma altura de 16m, e saiu andando; médicos explicam que peso e constituição dos ossos dão resistência / Foto: Reprodução

Na madrugada desta sexta-feira (24), uma mulher jogou a filha de três anos do quinto andar de um prédio, uma altura equivalente a 16 metros. Horas depois, ela incendiou o apartamento e se jogou. A criança, que estava enrolada em um lençol e, aparentemente, dormindo, caiu sobre o para-brisa de um carro que estava entrando na garagem do condomínio no momento do ocorrido. 

A menina sobreviveu à queda e saiu andando, tendo sofrido apenas alguns arranhões. Ela e a mãe seguem internadas no Hospital das Clínicas, em São Paulo. De acordo com o Boletim de Ocorrência, a garota está acompanhada pela avó e está estável, sob observação dos médicos.

De acordo com o ortopedista pediátrico Bruno Massa, do IOT-HCFMUSP (Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas), a sobrevivência a grandes quedas envolve fatores como a posição em que a pessoa caiu, o peso dessa pessoa, a altura da qual ela cai, a gravidade e a aceleração da queda. Outro fator importante é o local em que a pessoa cai e se ele consegue absorver a energia da queda e amortecê-la. Neste caso, segundo ele, o carro foi crucial para a sobrevivência da menina.

Porém, Massa afirma que a sobrevivência é uma exceção à regra, devido aos fatores de particularidade de cada caso.

"Os ossos das crianças são diferentes dos ossos dos adultos. Na infância, os ossos têm a camada interna porosa, enquanto a camada externa é mais espessa, tendo um aspecto como o de um galho verde de árvore. Quando você tenta quebrar um galho verde, ele dobra e não quebra, ele volta. O osso da criança é assim. Já os galhos mais secos, você dobra e ele quebra, como o osso de adulto", explica Nunes.

Nunes afirma que existem dois tipos de fraturas em crianças: a fratura em galho verde, em que quebra a parte mais interna do osso, mas mantém a forma; e a fratura em torus, em que o osso ficaria amassado por dentro, mas a criança consegue mexer. Segundo o ortopedista, essas fraturas possuem boa evolução e, pela criança conseguir manter os movimentos, essas fragmentações podem passar despercebidas.

Nesses casos, os ossos quebrados podem ser identificados em exames de imagem e, por serem fraturas, precisam de imobilização, mas têm rápida consolidação. Quando esses ossos quebrados passam despercebidos, mesmo sem a imobilização, eles possuem boa cicatrização, de acordo com o ortopedista pediátrico.

Quando quedas de grandes alturas ocorrem, Nunes afirma que a criança deve ficar sob observação por até 48 horas para certificar de que não tenha complicações, como contusões, hematomas ou aumento da pressão intracraniana.

Não é a primeira vez que uma pessoa sobrevive à queda de um edifício. No começo de maio deste ano, uma mulher caiu da altura do quinto andar enquanto pichava um prédiona Bela Vista e sobreviveu. Já em 2007, a apresentadora Dóris Giesse caiu do 8º andar de seu prédio ao tentar salvar seu gato, caindo sobre um telhado de amianto. No mesmo ano, um caso aconteceu em Nova York, quando um limpador de janelas caiu do 47º andar, com altura equivalente a 144 metros, e sobreviveu

Fonte: R7 saúde

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