A pressão alta está presente na vida de um a cada quatro brasileiros, segundo pesquisa recente do Ministério da Saúde. Para reverter esse quadro e controlar melhor a doença, que leva à morte por problemas cardiovasculares, a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH) divulgou uma série de orientações.
Chamado de “Call to Action” (chamado à ação, em tradução livre), o documento foi feito originalmente para os médicos e apresenta recomendações práticas a serem aplicadas no atendimento. No entanto, várias das medidas também se encaixam no dia a dia da população e dos hipertensos. Afinal, para enfrentar esse problema, todo mundo precisa trabalhar em conjunto.
Veja abaixo:
1. Dar prioridade à pressão arterial em todas as consultas clínicas
Em teoria, o doutor — de qualquer especialidade — deveria checar esse índice toda vez que entrar em contato com o paciente. E você pode cobrar por isso, tanto para fazer um diagnóstico precoce como para acompanhar a evolução da hipertensão, caso sofra com ela.
O uso de monitores validados pelo Inmetro para uma medida mais precisa também tem que ser incentivado.
2. Checar a adesão ao tratamento
Faz parte da função do médico ajudar o paciente a tomar seus medicamentos direitinho. Converse com ele sobre as melhores formas de ajustar o tratamento ao seu dia a dia, além de checar como abandonar hábitos nocivos, a exemplo de fumar ou abusar de bebidas alcoólicas.
3. Envolver outros profissionais
Um dos pontos mais enfatizados pela SBH é o trabalho em equipe. Com a ajuda de profissionais não-médicos, como enfermeiros e agentes da saúde, é possível controlar melhor a enfermidade e aperfeiçoar os cuidados com quem está doente.
4. Empoderar os pacientes
Para domar a pressão, o hipertenso precisa conhecer sua condição com detalhes e participar ativamente das decisões a respeito do tratamento. Nesse sentido, vale incentivá-lo a:
Seguir um estilo de vida saudável
Ter a pressão medida regularmente e entender o significado dos números
Criar uma rotina e monitorar a medicação
Manter-se conectado com os profissionais de saúde, inclusive por meio de tecnologias, se for o caso
Participar de redes de apoio — estratégia que até melhora a eficácia do tratamento
5. Apoiar políticas e projetos de combate à doença
Os médicos e todos nós devemos defender políticas públicas que assegurem o acesso a métodos de diagnóstico e acompanhamento do quadro, além de remédios de boa qualidade. Outra medida é defender projetos de incentivo a dietas saudáveis, prática de atividade física e por aí vai.
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