Quinta-feira, 25 de abril de 2024

Droga que inativa micróbios no intestino pode prevenir doença cardiovascular, diz estudo

07/08/2018 às 11h53

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Essas novas drogas impedem que micróbios formem uma molécula ligada a doenças cardíacas: a TMAO / Foto: Reprodução

Doenças cardiovasculares, que incluem o infarto e o Acidente Vascular Cerebral (AVC), podem ser combatidas com o bloqueio de ação de micróbios no intestino, diz estudo publicado na "Nature Medicine" na segunda-feira (06/08).

Os experimentos com um novo tipo de medicamento foram feitos por pesquisadores da Clínica Cleveland, nos Estados Unidos.

Essas novas drogas impedem que micróbios formem uma molécula ligada a doenças cardíacas: a TMAO.

A TMAO afeta a coagulação do sangue e a atividade plaquetária, o que aumenta o risco de trombose. A formação de coágulos é uma das causas da doença cardiovascular porque acaba impedindo a chegada do sangue aos órgãos.

A molécula é formada quando bactérias digerem nutrientes presentes em produtos de origem animal, como carne vermelha, ovos e laticínios.

Diferentemente dos antibióticos, a nova classe de drogas impediu a formação da TMAO, mas mantém as bactérias vivas, já que elas são importantes para a manutenção da flora intestinal.

"As bactérias intestinais são alteradas, mas não mortas por esta droga, e não houve efeitos colaterais tóxicos observáveis. Estamos ansiosos para avançar esta nova estratégia terapêutica em humanos", diz o coordenador da pesquisa, Stanley Hazen, da Clínica de Cleveland.

Como foi o estudo

Após testes com camundongos, Hazen e equipe mostraram que as drogas reduziram significativamente os níveis de TMAO e impediram a formação excessiva de coágulos. Uma única dose oral foi responsável pela redução.

As novas drogas impedem a produção das moléculas associadas às doenças cardíacas por serem análogas à colina, um dos nutrientes presentes em alimentos de origem animal. A droga, assim, "engana" a bactéria ao ser muito similar estruturalmente à substância que forma a molécula prejudicial.

Hazen diz que não foram observados efeitos colaterais nessa fase do estudo e houve muito pouco risco de sangramento.

Fonte: G1 Bem Estar

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