Sexta-feira, 19 de abril de 2024

Durante o tratamento contra o câncer, a atividade física faz bem?

10/12/2019 às 11h26

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A prática regular ajuda na recuperação e no retorno às atividades normais do dia a dia

A rotina estressante e o excesso de compromissos muitas vezes nos afastam das atividades físicas. Mas são elas que nos mantêm longe de quem a gente precisa realmente estar: das doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, da ansiedade, da depressão e dos diversos tipos de cânceres. Esse último ponto reforça ainda mais a importância do controle do peso corporal, que passa por uma dieta balanceada e pela prática de atividades físicas regulares.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer José de Alencar (INCA), o excesso de peso provoca alterações hormonais e mantém o corpo em um estado inflamatório crônico, que estimula a proliferação celular e inibe a morte programada das células. Por esse motivo, a gordura contribui para o surgimento de diversos tipos de câncer.

Mas para quem já está na luta contra a doença, a atividade física também surge como uma aliada durante todas as fases do tratamento, uma vez que melhora as funções vitais do organismo e a imunidade, sendo essa última fundamental no combate ao câncer.

É muito comum que os pacientes experimentem reações adversas, como a fadiga (o cansaço típico de quem faz quimioterapia e radioterapia), perda de massa muscular, ansiedade e sintomas depressivos, que podem ser amenizadas com uma vida mais ativa.

Stephanie Santana, profissional de Educação Física e professora adjunta da Universidade Federal de Pelotas, vinculada à rede da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), relata que quando foi diagnosticada com câncer, em 2015, teve a atividade física como parte do seu tratamento.

Segundo ela, as diretrizes mais atuais demonstram que existem fortes evidências do impacto positivo da atividade física nos quadros de fadiga, ansiedade, sintomas depressivos e aspectos físicos (como força e capacidade cardiorrespiratória). Além disso, a atividade física favorece o retorno do paciente ao seu cotidiano.

No caso dos homens, por exemplo, estudos apontam diversos benefícios durante e após o tratamento de câncer de próstata, como na fadiga e na função sexual, além da diminuição na circunferência abdominal e pressão arterial. Os resultados relacionaram-se positivamente com melhoria da qualidade de vida, diminuição da mortalidade e progressão da doença.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a realização de atividades físicas no tempo de lazer, transporte, ocupação, afazeres domésticos, jogos, esportes ou exercícios planejados. Não precisa ser um atleta profissional, basta incluir alguma atividade na sua rotina, ainda que seja de curta duração. Pequenas mudanças nos hábitos diários já promovem uma evolução na sua qualidade de vida.

E não esqueça: antes de (re) iniciar a atividade física, é fundamental consultar um profissional da saúde. Ele pode indicar o que é mais adequado e analisar as implicações das práticas, especialmente caso você tenha lesões ou alguma comorbidade.

 

Fonte: Ministério da Saúde

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