Sexta-feira, 19 de abril de 2024

Enem 2018: uso de energéticos pode atrapalhar desempenho do estudante

Especialistas explicam que substâncias podem diminuir concentração, causar insônia e ansiedade

19/10/2018 às 11h50

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Energéticos: médicos e professores não recomendam o uso / Foto: Reprodução

Com a proximidade do Enem, é comum que a rotina dos estudantes se altere para que o foco fique todo na preparação para as provas. Com isso, muitos passam a fazer uso de aditivos como energéticos, cafeína e guaraná em pó, mas o que pode funcionar em uma noite, pode provocar um efeito contrário e nocivo a curto e longo prazo.

O endocrinologista Francisco Tostes, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e diretor da Clínica Nutrindo Ideais, explica que estas substâncias têm efeito adrenérgico, ou seja, ativam o sistema nervoso sensível aos neurotransmissores adrenalina e noradrenalina, hormônios que "preparam" o corpo para ações, geralmente relacionados ao estado de alerta do corpo.

"Elas têm efeito adrenérgico, funcionando como estimulantes, reduzindo então a percepção de cansaço", explica Tostes.

Junto com este estímulo, surgem alguns efeitos negativos que produzem o efeito oposto ao desejado pelos estudantes. "De uma maneira imediata, já podem causar agitação e, consequentemente, dificuldade de se concentrar; deixando, portanto, de atender ao motivo pelo qual estão sendo usados. Seu uso crônico pode provocar transtornos de ansiedade, distúrbios do sono e elevação da pressão arterial, por exemplo", diz Tostes.

Tostes esclarece, ainda, que o chamado efeito rebote após o uso é comum, especialmente se a pessoa exagera no uso destas substâncias.

 "Se levarmos nosso corpo acima do limite sob efeito de estimulantes, posteriormente os reflexos podem ser sentidos, com um quadro de cansaço até maior".

Planejamento contra a ansiedade

Marcelo Dias, coordenador do curso Etapa, explica que costuma trabalhar com os alunos um planejamento anual para que eles sintam menos a pressão das provas e não achem que precisam de estimulantes às vésperas do Enem.

"Desde o início do ano a gente faz um planejamento para que eles tenham ideia do que esperar em cada mês. Um bom planejamento, disciplina, rotina, no sentido de organizar bem os estudos, faz com que eles percebam um crescimento ao longo do ano e ajuda a diminuir a ansiedade", diz.

Dias conta também que costuma conversar com os alunos para que eles não usem aditivos e que o mais comum costuma ser o guaraná em pó: "Pode ser que uma noite ele consiga ficar acordado, mas tem o efeito rebote. A longo prazo isso pode ser ruim, passa a intensificar problemas como insônia e atrapalha a rotina de todo o ano".

"Energético de uso moderado ou algumas xícaras de café, ok. Mas de forma intensiva como alguns fazem é ruim porque desregula todo o processo de aprendizado. A gente sempre recomenda que qualquer energético pode ser perigoso em excesso", explica.

E recomenda:

"Para a produtividade, melhor que energético é uma boa noite de sono. Ele vai render muito mais que um aluno que ficou acordado e no dia seguinte está muito cansado”, diz.

Com a proximidade do Enem, é comum que a rotina dos estudantes se altere para que o foco fique todo na preparação para as provas. Com isso, muitos passam a fazer uso de aditivos como energéticos, cafeína e guaraná em pó, mas o que pode funcionar em uma noite, pode provocar um efeito contrário e nocivo a curto e longo prazo.

O endocrinologista Francisco Tostes, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e diretor da Clínica Nutrindo Ideais, explica que estas substâncias têm efeito adrenérgico, ou seja, ativam o sistema nervoso sensível aos neurotransmissores adrenalina e noradrenalina, hormônios que "preparam" o corpo para ações, geralmente relacionados ao estado de alerta do corpo.

"Elas têm efeito adrenérgico, funcionando como estimulantes, reduzindo então a percepção de cansaço", explica Tostes.

Junto com este estímulo, surgem alguns efeitos negativos que produzem o efeito oposto ao desejado pelos estudantes. "De uma maneira imediata, já podem causar agitação e, consequentemente, dificuldade de se concentrar; deixando, portanto, de atender ao motivo pelo qual estão sendo usados. Seu uso crônico pode provocar transtornos de ansiedade, distúrbios do sono e elevação da pressão arterial, por exemplo", diz Tostes.

Tostes esclarece, ainda, que o chamado efeito rebote após o uso é comum, especialmente se a pessoa exagera no uso destas substâncias.

 "Se levarmos nosso corpo acima do limite sob efeito de estimulantes, posteriormente os reflexos podem ser sentidos, com um quadro de cansaço até maior".

Planejamento contra a ansiedade

Marcelo Dias, coordenador do curso Etapa, explica que costuma trabalhar com os alunos um planejamento anual para que eles sintam menos a pressão das provas e não achem que precisam de estimulantes às vésperas do Enem.

"Desde o início do ano a gente faz um planejamento para que eles tenham ideia do que esperar em cada mês. Um bom planejamento, disciplina, rotina, no sentido de organizar bem os estudos, faz com que eles percebam um crescimento ao longo do ano e ajuda a diminuir a ansiedade", diz.

Dias conta também que costuma conversar com os alunos para que eles não usem aditivos e que o mais comum costuma ser o guaraná em pó: "Pode ser que uma noite ele consiga ficar acordado, mas tem o efeito rebote. A longo prazo isso pode ser ruim, passa a intensificar problemas como insônia e atrapalha a rotina de todo o ano".

"Energético de uso moderado ou algumas xícaras de café, ok. Mas de forma intensiva como alguns fazem é ruim porque desregula todo o processo de aprendizado. A gente sempre recomenda que qualquer energético pode ser perigoso em excesso", explica.

E recomenda:

"Para a produtividade, melhor que energético é uma boa noite de sono. Ele vai render muito mais que um aluno que ficou acordado e no dia seguinte está muito cansado”, diz.

Fonte: G1 Bem Estar

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