Quarta-feira, 24 de abril de 2024

HPV no homem: como detectar, tratar e prevenir a doença

22/01/2020 às 11h22 Redação

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Transmitido principalmente por via sexual, o HPV é um vírus que infecta a pele e as mucosas do corpo, podendo causar verrugas genitais ou lesões malignas precursoras do câncer de colo de útero, garganta ou ânus. / Foto: Reprodução

Transmitido principalmente por via sexual, o HPV é um vírus que infecta a pele e as mucosas do corpo, podendo causar verrugas genitais ou lesões malignas precursoras do câncer de colo de útero, garganta ou ânus.

Esses sintomas costumam ser notados especialmente nas mulheres, o que fez com que a doença seja mais associada à parcela feminina da população. No Brasil, inclusive, é estimado que cerca de 25% das mulheres, sem nenhuma doença aparente, está infectada pelo HPV.

Porém, acredita-se que este número seja ainda maior entre os homens, uma vez que sua ocorrência na parcela masculina é mais assintomática. Ou seja, os homens parecem ter mais HPV, agindo como transmissores, mas apresentam menos doença detectável quando comparados às mulheres.

Apesar do quadro com menos sintomas, os homens precisam estar atentos ao contágio com a doença. Isso porque, além da possibilidade de infectar outras pessoas, o HPV pode levar à ocorrência de câncer de pênis - sendo uma das principais causas desse tipo de tumor.

HPV no homem: como detectar?

É importante observar que o risco de contaminação por HPV é idêntico entre os sexos e a maioria dos indivíduos que têm contato com o vírus nunca desenvolve verrugas. Isto ocorre pelo processo de ativação natural do sistema de imunidade, que consegue neutralizar a ação do vírus de forma eficiente.

Em outras palavras, é necessário a presença de uma verruga, seja na região genital, nas mãos ou nos pés, para que ocorra a transmissão da doença. Nos homens, as verrugas genitais são mais evidentes, principalmente nos casos em que a pele está acometida pelo vírus, o que facilita a detecção.

Dessa forma, o sintoma principal pode ser detectado através do auto exame ou por um médico. Por outro lado, as chamadas lesões subclínicas ou microlesões não podem ser vistas a olho nu, uma vez que acometem a camada mais profunda da pele - e é nesse nível que a doença deve ser tratada.

Qual o exame para detectar HPV no homem?

Neste estágio do HPV, é necessária a realização de uma peniscopia, procedimento feito por urologista, que inclui a aplicação de corantes e a utilização de lupa para o mapeamento completo das áreas suspeitas.

Mesmo quando o HPV é confirmado pela presença das verrugas, o tratamento só pode ser iniciado depois de realizado esse exame com biópsia ou teste de hibridização, para descobrir qual tipo de vírus está causando os sintomas.

Tratamento de HPV em homens

O tratamento do HPV é sempre feito contra os sintomas da doença, já que não há uma terapia que elimine o vírus do organismo. Em ambos os sexos, a destruição das lesões, através da aplicação de agentes ácidos ou da remoção cirúrgica e cauterização, são as estratégias mais utilizadas pelos médicos.

Além disso, o tecido da verruga removida pode ser enviado para análise do material genético para determinar o subtipo de vírus em cada paciente. Esta informação é importante para a orientação dos(as) parceiros(as), assim como para definir qual será a frequência das consultas de acompanhamento para prevenção.

A cura do HPV, em geral, depende principalmente do nosso sistema imunológico: em 90% dos casos, o vírus é eliminado em até dois anos sem apresentar sintomas, embora não se possa garantir que as pessoas que tiveram contato com o HPV não irão desenvolver outros problemas de saúde no futuro.

Como prevenir HPV em homens?

Muitas pessoas infectadas não sabem que contraíram o vírus ou se estão passando um ou mais tipos de vírus HPV para um parceiro durante uma relação sexual. Por isso, é importante a realização dos exames médicos de rotina para ambos os parceiros.

Por outro lado, a prevenção da doença é a principal arma contra a disseminação do HPV na população. Além do sexo protegido com o uso de preservativos, a vacina contra altamente efetiva e vem sendo disponibilizada desde 2006 pelo mundo.

Vacina de HPV

A taxa de vacinação nunca atingiu níveis elevados no Brasil e no mundo. Este fato pode estar relacionado a questões de acesso, questões econômicas e fatores culturais. Campanhas para divulgação e ações governamentais vem tentando aumentar a conscientização sobre a importância da vacinação contra o HPV.

Atualmente, a vacina de HPV disponível no Brasil é do tipo quadrivalente, que previne contra os vírus 6, 11, 16 e 18, oferecendo proteção de aproximadamente 100%. Ela deve ser administrada, preferencialmente, antes do início da vida sexual em mulheres de 9 a 45 anos e homens de 9 a 13 anos.

Já existem vários estudos concluídos que tornarão possível a utilização desta vacina também em homens com idade acima de 26 anos. Porém, a vacinação não é recomendada para pessoas a partir dos 27 anos, pois muitas já foram expostas ao vírus e a ação da imunização é menos eficaz.

Entretanto, alguns adultos com idade entre 27 e 45 anos que ainda não foram vacinados podem decidir tomar a vacina, principalmente depois de conversar com um médico sobre o risco de novas infecções por HPV e os possíveis benefícios da vacinação.

Por outro lado, mesmo uma pessoa que já apresenta o HPV incubado poderá se beneficiar da vacina, uma vez que ela pode proteger contra outros subtipos de vírus do HPV. No entanto, nenhuma das vacinas pode tratar uma infecção por HPV já existente.

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Doses e onde tomar a vacina do HPV

A vacina contra HPV é administrada através de injeções intramusculares no braço. A posologia recomendada é de três doses (com intervalo de dois meses entre elas), tanto para mulheres quanto homens. A vacinação gratuita em postos de saúde acontece durante todo o ano e também na rede particular.

Junto ao tipo quadrivalente, existe a expectativa de comercialização da vacina nonavalente (contra 9 subtipos de HPV) no Brasil a partir de 2020. Aprovada pela Anvisa desde 2017, ela é indicada para prevenir o câncer de colo do útero, o câncer de ânus e as verrugas genitais.

Fonte: Minha Vida

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