Sexta-feira, 19 de abril de 2024

Maconha medicinal é usada no tratamento de epilepsia e dor crônica

05/12/2019 às 09h11

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Planta de 'Cannabis sativa', da qual é possível extrair o canabidiol

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou na terça-feira (03/12) a venda de produtos à base de cannabis para uso medicinal no Brasil, mediante prescrição médica.

O tipo de prescrição médica indicada para cada tratamento vai depender da concentração de tetra-hidrocanabidiol (THC), que é o principal elemento tóxico e psicotrópico da planta, ao lado do canabidiol (CBD), conhecido por seus efeitos analgésicos e anticonvulsivantes.

Estudos científicos já mostraram como essas duas substâncias atuam na redução de crises de epilepsia e dores crônicas. No entanto, o uso dos derivados de maconha para outras condições, como enxaqueca e Mal de Parkinson, por exemplo, ainda precisa ser estudado mais a fundo.

Por isso, entidades médicas como Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) se posicionaram contra a regulamentação do plantio de cannabis no Brasil. Já a agência reguladora de medicamentos norte-americana (FDA) autoriza, desde junho de 2018, o uso de CBD no tratamento de epilepsia.

Indicações médicas

As principais indicações médicas dos produtos derivados de cannabis são para tratar:
•    Crises epiléticas, especialmente em crianças
•    Dores neuropáticas
•    Náuseas decorrentes de quimioterapia
•    Sintomas do autismo
•    Agitação noturna em pacientes com demência
•    Espasmos decorrentes da esclerose múltipla

Segundo Alexandre Kaup, neurologista do hospital Albert Einstein, esses são os usos "comprovadamente eficientes" das substâncias CBD e THC.

Além dessas utilizações, também há estudos preliminares que trazem indícios de que o CBD e o THC têm efeitos positivos para controle de:

•    Mal de Parkinson
•    Alzheimer
•    Enxaqueca crônica
•    Sequelas de Acidente Vascular Cerebral (AVC)
•    Glaucoma
•    Ansiedade
•    Artrite


Para Kaup, ainda faltam estudos com grande amostragem de pacientes para comprovar que os derivados de maconha também podem ser usados no tratamento dessas doenças.

Segundo o analista de desenvolvimento regulatório e projetos científicos da HempMeds Brasil, Gabriel Barbosa, a maior parte das importações de substâncias derivadas da maconha para tratamento são as do óleo de canabidiol, que contém tanto CBD quanto uma pequena quantidade de THC.

"Trata-se de uma mistura de um óleo integral com o extrato da planta", explicou. "Os canabinoides são lipossolúveis, o que significa que se diluem na gordura, e não na água. E é um produto que não tem somente o CBD, mas mais de 500 componentes."

Com esta forma de extração, o canabidiol atua em conjunto com outros componentes para melhores resultados. "Além das propriedades do CBD, há na solução flavonoides, que têm efeitos anti-inflamatórios", ressaltou Barbosa.

 

Fonte: G1

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