Quinta-feira, 25 de abril de 2024

O que bronquiolite?

14/09/2019 às 09h20 Redação

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Os sintomas iniciais são bem parecidos com os de um resfriado / Foto: Reprodução

O QUE É BRONQUIOLITE?
A bronquiolite é uma inflamação dos bronquíolos (parte final dos brônquios), atinge principalmente os bebês menores de 2 anos. Nos primeiros anos de vida, o sistema imunológico ainda é imaturo, o que torna as crianças mais vulneráveis ao vírus sincicial respiratório (VSR), o principal causador da doença. Além dele, o rinovírus, parainfluenza, bocavírus, adenovírus, influenza, coronavírus, metapneumovírus e as bactérias Mycoplasma e Bordetella também são transmissores. A principal forma de contaminação é por meio de secreções respiratórias ou por contato. Ou seja: crianças que passam o dia em locais fechados com outras pessoas, como em creches, estão mais suscetíveis.

QUAIS SÃO OS SINTOMAS?
Os sintomas iniciais são bem parecidos com os de um resfriado: nariz entupido, coriza, tosse e espirros que podem ser acompanhados de febre ou não Depois dos primeiros dias com esses sintomas, um terço dos bebês apresenta piora e tem comprometimento dos pulmões, passando a ter falta de ar, respiração rápida, esforço para inspirar e expirar, e queda da oxigenação conforme as vias aéreas mais inferiores (bronquíolos) são afetadas. O pico de piora costuma acontecer entre o terceiro e o quinto dia após o início dos sintomas. Alguns casos evoluem para insuficiência respiratória, o que requer hospitalização para tratamento.

QUAL A FAIXA ETÁRIA MAIS AFETADA PELA BRONQUIOLITE?
O pico de incidência da doença acontece entre 2 e 6 meses de vida. Os bebês e crianças menores tem o sistema respiratório ainda em desenvolvimento e por isso, tem sintomas mais intensos da obstrução da passagem do ar causada pelas secreções produzidas pela via aérea infectada do que os adultos, o que as torna mais vulneráveis à bronquiolite aguda.

QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS RISCOS DA DOENÇA?
Em geral, a doença exige cuidados, mas tem curso benigno, com tempo médio entre 8 e 15 dias para o desaparecimento dos sintomas. Cerca de 10% das crianças, porém, podem passar até um mês tossindo. Alguns riscos da bronquiolite incluem desidratação, pneumonia por aspiração, apneia, insuficiência respiratória e infecções bacterianas secundárias como otite e pneumonia. Essas complicações são mais comuns entre o grupo de risco da bronquiolite aguda que inclui pequenos menores de 3 meses de idade, prematuros e bebês com cardiopatias ou doenças crônicas que afetam as vias respiratórias como fibrose cística e displasia broncopulmonar. Nesses casos, a taxa de mortalidade fica entre 3 e 4,5%.  Já entre os bebês que não estão no grupo de risco, o óbito causado pela bronquiolite aguda é extremamente raro e a taxa de mortalidade varia entre 0,1 e 0,3%.

COMO TRATAR A BRONQUIOLITE?
Nos casos mais leves, quando não há desconforto respiratório (tosse com chiado ou falta de ar), você pode cuidar de seu filho em casa, controlando a febre e mantendo-o sempre hidratado, com mamadeira ou leite materno. A internação só é necessária quando a criança precisa de cuidados mais específicos no hospital, como hidratação (receber soro por via venosa), oxigenoterapia (aplicação médica de oxigênio, que pode ocorrer por inalação, por exemplo) e de fisioterapia respiratória (exercícios que ajudam a eliminar secreções), para que o desconforto seja atenuado. As crianças que integram os grupos de risco têm mais chances de serem hospitalizadas. “Prematuros extremos, cardiopatas e pneumopatas (que têm doença pulmonar) são mais sensíveis a essa doença”, explica Fátima. Em algumas situações de agravamento da bronquiolite, o bebê pode até mesmo seguir para a unidade de tratamento intensivo (UTI).

EM QUE PERÍODO DO ANO A TRANSMISSÃO DA DOENÇA É MAIS COMUM?
No outono e inverno, permanecemos por mais tempo em lugares fechados com muitas pessoas e menos circulação de ar, o que favorece a circulação do vírus.

COMO PREVENIR A BRONQUIOLITE?
Não há uma vacina específica para a doença (apesar de ela já fazer parte de diversos estudos científicos), mas existem formas de preveni-la: evite levar seu filho para locais com aglomerações e contato próximo com crianças doentes. Além disso, lave sempre as mãos dele (e suas!), um cuidado fundamental para evitar diversas doenças. Mantenha também em dia a carteira de vacinação, para que não haja infecção mista, ou seja, além da bronquiolite, outro vírus ou uma bactéria instale-se e complique o quadro. O aleitamento materno e a ausência de fumantes em casa são fatores protetores que também devem ser priorizados, assim como a realização de pré-natal de qualidade. 

Para os bebês do grupo de risco com maior chance de apresentar complicações quando infectados é indicada a aplicação do anticorpo monoclonal contra o Vírus Sincicial Respiratório (Palivizumabe) em cinco doses durante os meses de outono e inverno. No entanto, devido ao curso benigno da doença na maior parte dos casos e ao alto custo dessa medicação, não é recomendada a sua aplicação rotineira de maneira generalizada. Fique atenta ao aparecimento dos sintomas e busque um médico o quanto antes.

Fonte: Crescer

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