Quarta-feira, 24 de abril de 2024

Tratamento para desacelerar o envelhecimento passa em primeiro teste

21/02/2019 às 12h29

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A nova terapia anti-idade, que ainda está na fase inicial de pesquisa, consiste em remover células senescentes, associadas ao avanço da idade / Foto: Reprodução

Envelhecer de forma saudável é o desejo da maioria das pessoas. Felizmente, a ciência parece ter encontrado um possível caminho para promover o envelhecimento saudável e ainda prevenir doenças relacionadas à idade. Uma terapia anti-idade acaba de passar a primeira fase de pesquisas clínicas.

Trata-se de um senolítico (nova classe de medicamentos que diminuem drasticamente o processo de envelhecimento) composto por duas substâncias: o dasatinibe (medicação usada para casos de leucemia) e a quercetina (suplemento que fornece propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias). Sua ação consiste em remover células específicas do organismo para interromper a produção de substâncias envolvidas no processo de envelhecimento. “A ideia é que a remoção dessas células possa ser benéfica para promover o envelhecimento saudável e também prevenir doenças”, explicou Nicolas Musi, co-autor da pesquisa, à revista MIT Technology Review. 

A pesquisa

Os resultados do primeiro teste clínico em humanos foram publicados recentemente na revista científica The Lancet. Os pesquisadores recrutaram 14 pacientes com fibrose pulmonar idiopática (FPI). A doença é uma condição rara na qual células senescentes (danificadas) que não morrem e se tornam tóxicas, se acumulam nos pulmões provocando a cicatrização do órgão. Isso gera dificuldade de respiração.

Os pacientes receberam os remédios, administrados via oral, durante três dias consecutivos por semana, ao longo de três semanas, totalizando nove doses. Os pesquisadores acreditam que essa combinação consegue eliminar as células senescentes. Para fins de verificação, a equipe também realizou exames laboratoriais antes e depois da administração do tratamento, além de implementar questionários semanais para averiguar sintomas da doença, qualidade de vida dos participantes e efeitos colaterais da terapia para checar a segurança e tolerabilidade das medicações.

Foram avaliados ainda marcadores de função física, incluindo distância percorrida em seis minutos, velocidade de caminhada, repetições de sentar e levantar, além de ensaios biológicos para medir as proteínas associadas à senescência secretadas pelas células tóxicas.  Ao final do experimento, observou-se que a terapia senolítica melhorou a mobilidade dos participantes.

Alguns testes, como a caminhada de seis minutos e repetições de sentar e levantar apresentaram resultados superiores em comparação com os números registrados antes do tratamento experimental. A maioria dos pacientes apresentou ganhos de mobilidade superiores a 5%. “Nenhuma terapia medicamentosa, incluindo os remédios anti-fibróticos disponíveis, demonstrou estabilizar, e muito menos melhorar, a distância de caminhada de seis minutos de um paciente com fibrose pulmonar idiopática”, comentou Anoop M. Nambiar, co-autor do estudo.

 

Fonte: Veja Abril

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