A atriz Laura Orrico, de Chicago, Estados Unidos, sempre sonhou em ser mãe. Mas, quando ela ficou viúva aos 38 anos, todos os seus planos foram por água abaixo. Ela deixou os holofotes de Hollywood após o seu marido, Ryan Cosgrove, ser diagnosticado com um tumor cerebral e se transformou em sua cuidadora por oito anos, até a morte dele, em 2015.
Além do tumor, na época, o casal enfrentava outro desafio: tentar engravidar. E o desejo só se realizou agora, 10 anos depois da morte de Ryan. Laura anunciou que está grávida do filho de seu falecido marido.
Ryan e Laura se conheceram através de amigos em comum, em 1999. Eles se casaram em 2004 e Laura continuou com o sonho de ser atriz enquanto Ryan tentava se tornar designer gráfico. Mas, em 2007, ele começou a ter enxaquecas severas. Pouco depois, ele sofreu uma "terrível convulsão" e foi levado ao hospital. No dia seguinte, os médicos recomendaram uma ressonância magnética, e ele foi diagnosticado com um tumor cerebral.
Receber a notícia não foi nada fácil. "O mundo meio que parou. Eu disse: 'Vou largar a minha carreira de atriz'", lembra Laura, em entrevista à revista americana People. "Eu só queria me concentrar nele e encontrar os melhores médicos e os melhores tratamentos."
Laura foi a todas as consultas. Pouco depois, o marido já não tinha mais condições de dirigir devido às convulsões. "Foi devastador para ele. Ele só queria voltar ao normal", explica. "Fizemos tudo o que podíamos naqueles oito anos para equilibrar a vida e tentar fazer coisas divertidas nos dias difíceis", continua Laura. "Íamos ao cinema no dia seguinte aos tratamentos, o que acho que nos ajudou a superar muitas coisas. Ele tinha atitude positiva."
Dificuldade para engravidar
Antes de seu marido iniciar o tratamento para o tumor em 2007, ele congelou seu esperma para garantir que pudessem ter filhos mais tarde. Eles sempre quiseram uma família, mas os planos era esperar até terem 30 anos. Em 2013, quando Laura tinha 36 anos e Ryan, 37, eles decidiram começar as tentativas.
Após quatro inseminações intrauterinas (IIUs), Laura finalmente engravidou. "Nos mudamos [para Chicago] e, menos de algumas semanas depois de voltar para casa, perdi o bebê. Foi meu primeiro aborto espontâneo", diz ela. Eles, então, recorreram à fertilização in vitro (FIV). Laura e Ryan passaram por dois ciclos e, embora ela tenha engravidado nas duas vezes, acabou sofrendo dois abortos espontâneos.
Tragicamente, Ryan faleceu em 29 de abril de 2015. "Ele ficou muito doente por nove meses", explica Laura. "A essa altura, já tínhamos esgotado todos os tratamentos imagináveis. Foi um momento bastante difícil vê-lo decair e sofrer. Passamos por tanta coisa, uma grande mudança para casa após 12 anos em Los Angeles. Ele ficando cada vez mais doente. Foi simplesmente muito difícil", lamenta.
Desejado positivo
Após a morte do marido, Laura teve outro relacionamento por cinco anos. Ela tentou engravidar novamente, mas acabou sofrendo mais um aborto espontâneo. Ela passou por mais dois relacionamentos, que não deram certo, e acabou solteira aos 48 anos. "Eu continuei adiando, na esperança de encontrar a pessoa certa, me casar e viver minha vida de conto de fadas. Mas simplesmente não deu certo", lamenta.
Preocupada com a possibilidade de não conseguir ter uma família, Laura decidiu ter um bebê sozinha, usando o esperma do falecido marido. Ela foi ao médico e, após um breve problema com cistos no útero, conseguiu aprovação para começar. "A razão pela qual decidi fazer isso sozinha foi porque, se não fizesse agora, seria tarde demais e eu me arrependeria pelo resto da vida. Nunca tive a intenção de fazer isso sozinha", diz.
Em 2007, quando Ryan congelou seu esperma pela primeira vez, eles tiveram uma conversa sobre o que aconteceria se ele morresse antes de terem filhos. Ryan deu a Laura sua permissão explícita para usar seu esperma após sua morte e dar continuidade ao seu legado. "Eu tenho a bênção dele", destaca.
Laura começou as consultas em 2024 e iniciou o tratamento de fertilização in vitro em abril. Finalmente, em 28 de maio, ela fez o procedimento e o tão desejado positivo veio em 9 de junho. "O telefone tocou, meu estômago gelou", diz Laura. A atriz se emocionou quando soube e queria que sua mãe, que se tornou viúva na mesma idade que ela, fosse a primeira a ouvir a boa notícia.
Ela também mantém contato com a família de Ryan, incluindo a mãe dele, que a acompanhou em várias consultas médicas. "A mãe de Ryan foi à minha última ultrassonografia e consulta médica comigo. Eles também estão animados. Eles têm uma família menor. Então, para eles, ter mais um neto é uma grande conquista", diz ela. "Eu acho que é uma bênção também, por ser do Ryan. Acho que, para eles, é realmente uma coisa muito importante", acrescenta Laura.
'Quero aproveitar cada momento'
Embora faltem alguns meses para conhecer seu pequeno, Laura explica que mal pode esperar para ser mãe. "Quero aproveitar cada momento. Quero fazer coisas com a família, viajar e simplesmente aproveitar esse tempo de qualidade, porque se este for o meu único filho, e pode muito bem ser, eu não terei isso outra vez", diz ela.
"E espero que eu conheça alguém enquanto estiver grávida. Eu adoraria conhecer a minha pessoa, viver feliz para sempre e ter uma figura paterna para o meu filho", continua Laura. "Mas escolhi fazer isso sozinha e com um propósito, e estou muito animada com isso."
Reprodução assistida post-mortem
A prática é conhecida como reprodução assistida post-mortem e é regulamentada em diversos países, inclusive no Brasil. Segundo a Resolução nº 2.294/2021 do Conselho Federal de Medicina (CFM), é permitida a reprodução assistida post-mortem desde que haja autorização prévia específica do(a) falecido(a) para o uso do material biológico criopreservado.
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