Sábado, 28 de junho de 2025

Autópsia confirma que brasileira morta em vulcão sofreu trauma grave no tórax

Juliana Marins morreu cerca de 20 minutos após o impacto, segundo laudo do Instituto Médico Legal de Bali. Causa da morte foi hemorragia interna provocada por ferimentos no peito. Não houve hipotermia

27/06/2025 às 09h09 Igor Azeredo

Facebook Whatsapp Twitter
Facebook Whatsapp Twitter
Juliana Marins morreu cerca de 20 minutos após o impacto, segundo laudo do Instituto Médico Legal de Bali. Causa da morte foi hemorragia interna provocada por ferimentos no peito. Não houve hipotermia / Foto: Reprodução da internet

A brasileira Juliana Marins, de 26 anos, morreu cerca de 20 minutos após cair em uma encosta íngreme no Monte Rinjani, na Indonésia, segundo conclusão do laudo de autópsia divulgado por médicos forenses do Hospital Bali Mandara, nesta sexta-feira. A causa da morte foi um trauma torácico grave provocado por impacto de "violência contundente", o que teria provocado grande hemorragia interna e danos irreversíveis aos órgãos respiratórios.

— Os ferimentos mais graves estavam no tórax, especialmente na parte de trás do corpo, onde o impacto comprometeu órgãos internos ligados à respiração — afirmou o médico legista Ida Bagus Putu Alit, em entrevista coletiva. De acordo com ele, Juliana sofreu também escoriações generalizadas nas costas e nos membros superiores e inferiores, além de ferimentos na região da cabeça.

O especialista informou que, com base nas características dos ferimentos, Juliana teria morrido em até 20 minutos após a queda, e não há indícios de que ela tenha sobrevivido por longos períodos, como chegou a se cogitar durante a operação de resgate.

— Estimamos que, no máximo, 20 minutos depois do trauma, ela já não apresentava mais sinais vitais. Não há sinais de hipotermia ou sofrimento prolongado após a lesão. A causa direta da morte foi o impacto e a quantidade de sangue acumulado dentro da cavidade torácica — explicou Alit.

A hipótese de morte por hipotermia, inicialmente levantada por conta das roupas leves que Juliana vestia — apenas calça jeans, camiseta, luvas e tênis — foi descartada com base na análise dos tecidos corporais.

— Não havia os sinais clássicos de hipotermia, como necrose nas extremidades ou coloração escura nos dedos. Isso nos permite afirmar com segurança que a hipotermia não foi a causa — detalhou o perito.

Tragédia que mobilizou o Brasil

Juliana caiu em um dos trechos mais perigosos da trilha que leva ao cume do Monte Rinjani, o segundo vulcão mais alto da Indonésia, no dia 21 de junho, enquanto fazia uma caminhada com guia. A jovem caiu na região conhecida como Cemara Nunggal, a mais de 2.600 metros de altitude.

A falta de visibilidade e o terreno instável tornaram a operação de resgate extremamente complexa. Seis equipes de resgate e dois helicópteros foram mobilizados ao longo de quatro dias. O corpo de Juliana foi localizado na encosta quatro dias depois, e removido no dia seguinte, após o fechamento temporário do parque para turistas.

Nas redes sociais, o caso gerou ampla comoção e mobilização no Brasil. Familiares e amigos acompanharam cada atualização com esperança, enquanto internautas brasileiros deram visibilidade à operação, pressionando autoridades locais por informações e apoio.

Fonte:

Últimas Notícias

EM ALTA

Aviso importante: a reprodução total ou parcial de qualquer conteúdo (textos, imagens, infográficos, arquivos em flash etc) do Portal Ururau não é permitida sem autorização e os devidos créditos e, caso se configure, poderá ser objeto de denúncia tanto nos mecanismo de busca quanto na esfera judicial. Se você possui um blog ou site e deseja estabelecer uma parceria com o Portal Ururau para reproduzir nosso conteúdo, entre em contato através do email: comercial@ururau.com.br

Todos os direitos reservados - Ururau Copyright 2008-2022 Desenvolvimento Jean Moraes