Quinta-feira, 06 de novembro de 2025

Bets e fintechs na mira: aumento de impostos e aposta bilionária vira alvo do governo

Projeto de Renan Calheiros dobra taxação das bets e pressiona o setor financeiro

06/11/2025 às 19h12 Redação Ururau

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Renan Calheiros propõe aumento de impostos sobre bets e fintechs e mira arrecadação bilionária / Foto: Reprodução

O governo federal está mirando seu novo alvo para equilibrar as contas públicas: as plataformas de apostas online e as fintechs. O senador Renan Calheiros anunciou que o projeto que aumenta a taxação sobre as chamadas “bets”, bancos digitais e empresas financeiras deve ser votado ainda em novembro na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.

A proposta dobra a cobrança sobre as apostas esportivas, elevando a Contribuição sobre a Receita Bruta de Jogo de 12% para 24%. Já as fintechs, administradoras de mercado e instituições de crédito terão aumento da CSLL, que passará de 9% para até 20%, dependendo da categoria.

O plano, defendido pelo Ministério da Fazenda, tenta compensar a perda de arrecadação gerada pela ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda, aprovada nesta semana. Mas especialistas alertam que o governo pode estar repetindo o velho erro de trocar política fiscal por desespero arrecadatório.

Enquanto o Congresso empurra a conta para o setor digital e de apostas, cresce o desconforto entre investidores e apostadores. Casas de apostas como Betano, Pixbet e Esportes da Sorte, que movimentam bilhões no país, já enfrentam críticas sobre transparência e casos de prêmios negados — como o recente episódio envolvendo um apostador de Campos, que acusa a Betano de não pagar um prêmio de R$ 72 mil mesmo com o gol validado em campo.

No Congresso, há quem veja na medida uma jogada política para agradar a base aliada e tentar mostrar disciplina fiscal em um cenário de gastos crescentes. A ironia é que o mesmo governo que promoveu a entrada das bets como patrocinadoras oficiais do Campeonato Brasileiro agora tenta tirar o dobro do lucro dessas mesmas empresas.

Enquanto o Ministério da Fazenda pede mais tempo “para discutir o texto”, as apostas continuam em alta — mas, ao que parece, a sorte pode estar mudando de lado: o governo quer ser o novo grande ganhador dessa rodada.

Fonte: Redação

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