O Brasil amanheceu perplexo na última terça-feira, com a prisão do dono do Banco Master e de toda a diretoria. O banqueiro, segundo fontes da mídia corporativa, foi detido pela Polícia Federal quando tentava fugir pelo Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. Não há segurança sobre o seu destino imediato, mas é certo que ele realmente ia fugir. Os elementos que levaram à prisão preventiva foram confirmados pela desembargadora federal Solange Salgado da Silva, do TRF1, ao negar o habeas corpus apresentado pela defesa.
A magistrada destacou a gravidade dos delitos, o modus operandi engenhoso e audacioso do grupo, além do uso de documentos falsificados apresentados ao Banco Central para ocultar a real natureza das operações e a origem dos créditos. Também apontou sangrias envolvendo recursos públicos e de investidores privados.
O grande debate agora é identificar quem são os verdadeiros donos do banco e quem sustentou o crescimento meteórico do banqueiro, que até 2021 era um empresário sem grande expressão no setor financeiro. Sua prosperidade coincidiu com a chegada ao poder do ministro da Fazenda do governo Bolsonaro, Paulo Guedes, e com a influência política do então chefe da Casa Civil, senador Ciro Nogueira.
O presidente do Banco Master foi pastor evangélico em uma das igrejas mais conhecidas de Minas Gerais. Ao se mudar para Brasília, aproximou-se também do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha. O rombo do Master ultrapassa 17 bilhões de reais. Parte desse valor está relacionada às promessas de rentabilidade agressivas para investidores, incompatíveis com a concorrência.
O banqueiro não teria conseguido abrir um buraco dessa proporção sem apoio de parceiros no poder. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, figura conhecida por postura austera, teria permitido que o problema crescesse até níveis insustentáveis. O banqueiro era muito articulado em Brasília e fazia questão de dizer isso.
Agora surgem suspeitas de que o banco recebeu recursos de fundos ligados à Operação Carbono Oculto da Polícia Federal. Também paira a dúvida sobre como pessoas sem expressão política conseguem se eleger para cargos de deputado e senador, com campanhas de gastos gigantescos e vitórias garantidas. Quem conhece política sabe que esses movimentos custam muito dinheiro.
Há indícios de que operações financeiras serviram para financiar atos antidemocráticos. A gravação (Disponível no final da matéria) envolvendo André Esteves, dono do BTG Pactual, e Ciro Nogueira, apontou o uso de pesquisas eleitorais supostamente manipuladas para desgastar o governo Lula e criar ambiente para impeachment.
Manifestações em série, com pessoas uniformizadas em todo o país, levantam outra suspeita: quem pagou por tudo isso? Uniformes, viagens, logística, churrascos de picanha e participação remunerada em eventos políticos não são baratos. Na campanha de 2022, pessoas cobravam 70 reais apenas para ir a reuniões de candidatos. O voto era outra operação ainda mais cara.
Esses movimentos, vinculados principalmente à direita, exigiam financiamento pesado. Candidatos ligados a esses grupos afirmam já ter garantido um número exato de cadeiras no Congresso Nacional para as próximas eleições, sugerindo continuidade de uma trama para desestabilizar a República, inclusive com objetivos envolvendo o afastamento de Ministros do Supremo. A recente reunião de governadores no Rio de Janeiro, onde foi criado um conselho para confrontar a federação, acendeu sinais de alerta.
Cabe agora à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal identificar quem são os verdadeiros donos dos donos do Banco Master. Sabe-se que o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, investiu cerca de 1 bilhão de reais do RioPrevidência no banco, além de 200 milhões da Cedae, mesmo após alerta da conselheira do TCE, Mariana William, sobre o enorme risco ao fundo de pensão dos servidores estaduais. Castro ainda trocou a diretoria do RioPrevidência para aprovar a operação.
Quem pediu a Cláudio Castro para assumir tamanha exposição financeira? Situação semelhante parece envolver o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, que também tem formação jurídica e foi presidente da OAB-DF. Ambos sabiam dos riscos. Fica a pergunta: por que insistiram em investir em um banco que todos já consideravam quebrado?
É provável que novas prisões sejam pedidas nos próximos dias. A grande questão é: para onde foi o dinheiro? Com quem o banqueiro gastou essa fortuna desde 2021? A Polícia Federal vem realizando um trabalho eficiente. A contaminação política pode ser mais profunda que se imagina.
Os atos já conhecidos são suficientes para deflagrar novas operações, a fim de evitar que estados continuem sofrendo. Rio de Janeiro e São Paulo devem explicações sobre isenções fiscais predatórias que destruíram a economia enquanto apenas os pobres pagam impostos. A tese defendida por setores da extrema direita de que ricos não precisam pagar impostos porque geram empregos é refutada pela realidade: o país enfrenta apagão de mão de obra.
O melhor desdobramento seria uma delação premiada do presidente do Banco Master. Um homem que já pregou a palavra. Normalmente, banqueiros recorrem a esse caminho quando a pressão chega ao limite. Quando o negócio é banqueiro temos agora que separar o joio do trigo. A série os donos do jogo demonstra que o 'banqueiro do bicho' cumpre com suas obrigações. Lá "vale o escrito". Os donos de bancos estão sujando a reputação do nome banqueiro, pelos prejuízos causados a nação com apoio da elite e parte da classe política.
Segue abaixo gravação divulgada por ICL Notícias com a fala de Ciro Nogueira em conversa com agentes do mercado:
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