Sexta-feira, 21 de novembro de 2025

Dólar sobe com corte no tarifaço e mercado dividido sobre juro nos EUA

21/11/2025 às 10h11 Redação

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Na sessão da última quarta-feira (19/11), o dólar fechou em alta de 0,38%, cotado a R$ 5,338. Ibovespa recuou 0,73%, aos 155,3 mil pontos / Foto: Reprodução

Na retomada das negociações do mercado financeiro após o feriado de 20 de novembro (Dia da Consciência Negra), em que não houve pregão, o dólar operava em alta na manhã desta sexta-feira (21/11), em meio à repercussão da suspensão das tarifas comerciais de 40% que vinham sendo aplicadas pelos Estados Unidos sobre parte dos produtos agrícolas do Brasil.

Os investidores também aguardam pronunciamentos de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano), em busca de “pistas” sobre a trajetória da taxa básica de juros nos EUA. Após a divulgação do relatório oficial de empregos do país (o “payroll”), o mercado está dividido em relação às expectativas sobre um possível novo corte dos juros na próxima reunião do Fed, em dezembro.

Trump corta tarifas de 40%

O grande destaque do último pregão da semana é a repercussão da decisão da Casa Branca de zerar as tarifas de 40% sobre alguns produtos agrícolas brasileiros. Com isso, as tarifas sobre carne bovina fresca, resfriada ou congelada, produtos de cacau e café, algumas frutas, vegetais, nozes e fertilizantes foram zeradas.

Na última sexta-feira (14/11), o governo norte-americano já havia anunciado a retirada das tarifas globais de 10%, mas alguns setores brasileiros ainda continuavam taxados com 40%.

Segundo o texto, a Casa Branca considera que houve “progresso inicial” nas negociações conduzidas após uma conversa telefônica entre os presidentes Donald Trump e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 6 de outubro. O diálogo abriu caminho para uma revisão da medida punitiva, adotada sob justificativa de que políticas do governo brasileiro representariam uma “ameaça incomum e extraordinária” à segurança e aos interesses econômicos dos EUA.

A ordem executiva, assinada por Trump, é válida para produtos que entraram nos EUA a partir de 13 de novembro. A lista detalhada (veja aqui) inclui uma vasta gama de minérios (ferro, estanho, carvão, linhito, turfa, alcatrão), óleos minerais (petróleo, óleos brutos, combustíveis), e numerosos artigos relacionados a peças de aeronaves.

Os setores que permanecem sujeitos à alíquota adicional de 40% são aqueles cujos produtos não constam na extensa lista de exclusão – como máquinas e implementos agrícolas, veículos e autopeças, aço e derivados siderúrgicos, produtos químicos específicos, têxteis e calçados.

A decisão representa um gesto político importante: setor diretamente impactado pelo tarifaço, o agronegócio brasileiro pressionava o governo Lula por uma reação diplomática mais incisiva.

Apesar da flexibilização, o governo Trump reafirmou que o estado de emergência permanece em vigor. Ou seja, as sobretaxas continuam aplicadas à maior parte dos produtos incluídos originalmente.

A ordem também autoriza novos ajustes tarifários caso o Departamento de Estado conclua que o Brasil não está atendendo às exigências dos EUA. Todos os órgãos de comércio e segurança envolvidos no caso — incluindo Tesouro, Comércio, Segurança Interna, USTR e Conselho de Segurança Nacional — seguem com poderes para monitorar e recomendar novas medidas.

“Não é tudo que o Brasil quer, não é tudo que o Brasil precisa, mas é importante”, disse Lula. “[Trump], eu vou lhe agradecer só parcialmente, vou agradecer totalmente quando tudo tiver acordado entre nós. Se em apenas duas conversas já chegamos ao que chegamos hoje, com três a quatro conversas vamos fazer com que Brasil e EUA vivam em harmonia, politicamente e comercialmente. Obrigado pela decisão”, completou.

 

Fonte: Metrópoles

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