Sexta-feira, 21 de novembro de 2025

EUA retiram tarifa de 40% e liberam café, carne e frutas do Brasil para voltar a competir

EUA aliviam tarifaço e liberam produtos agrícolas do Brasil

20/11/2025 às 21h46 20/11/2025 às 21h51 Redação Ururau

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Tarifa de 40 por cento cai e exportações brasileiras ganham fôlego / Foto: Reuters/Brian Snyder

A decisão do governo dos Estados Unidos de retirar a tarifa de 40 por cento sobre café, carne bovina, frutas, cacau, açaí e mais de 200 produtos brasileiros abre um novo capítulo nas relações comerciais entre os dois países. A medida, que vale para cargas que chegaram aos EUA a partir de 13 de novembro, reverte parte do tarifaço que vinha atingindo exportadores brasileiros desde julho.

O anúncio da Casa Branca cita o diálogo recente entre Donald Trump e o presidente Lula, além da reunião entre o chanceler Mauro Vieira e o secretário de Estado Marco Rubio. Na prática, porém, analistas afirmam que a mudança é resultado direto da pressão interna provocada pelo aumento do custo de vida nos EUA, especialmente no preço do café e de alimentos importados.

Empresas brasileiras celebram o retorno às condições de competição, principalmente nos setores de café e carne. O Cecafé informa que as exportações do produto para o mercado americano chegaram a cair pela metade após a sobretaxa. A Abiec também destaca que os EUA voltam a ter condições equilibradas de compra da carne bovina brasileira.

A retirada da tarifa chega em um momento estratégico. Com republicanos perdendo espaço nas eleições municipais e as eleições de meio de mandato no horizonte, a Casa Branca busca conter desgastes provocados pelos preços altos de alimentos. Fontes americanas revelam que a decisão foi tratada internamente como página virada, independentemente de negociações técnicas com o governo brasileiro.

O Brasil vê a mudança como um avanço diplomático e um sinal de abertura para novos acordos setoriais. Lula afirma estar muito feliz com o alívio tarifário e garante que seguirá buscando racionalidade nas conversas para eliminar as taxas restantes.

Nos bastidores, a leitura é de que o movimento atende simultaneamente a pressões domésticas nos EUA e ao interesse brasileiro de retomar espaço no mercado americano. O efeito imediato deve ser a normalização das exportações e a queda gradual dos preços ao consumidor nos Estados Unidos.

Fonte: Redação

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