Sábado, 01 de novembro de 2025

Exportações de gás liquefeito dos EUA para a Europa disparam com alta de 15,8% em agosto

Europa amplia dependência do gás liquefeito americano após nova alta

31/10/2025 às 23h58 Redação Ururau

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EUA aumentam exportações de gás para a União Europeia em 15,8% em agosto / Foto: Reprodução

As exportações de gás natural liquefeito (GNL) dos Estados Unidos para a União Europeia registraram um aumento expressivo de 15,8% em agosto, em comparação com o mês anterior, alcançando 5,6 milhões de toneladas, de acordo com dados recentes da Administração de Informação Energética (EIA) do Departamento de Energia norte-americano.

O salto consolida a dependência europeia do gás norte-americano, que desde 2022 passou a ser o principal substituto do fornecimento russo após o agravamento da crise energética no continente. Segundo o relatório, os países europeus responderam por 59% das exportações totais de GNL dos EUA no mês, um recorde histórico para o período.

Os Países Baixos lideraram as compras, com 1,5 milhão de toneladas, um crescimento de 31,5% em relação a julho. Logo atrás vieram Alemanha e Itália, com 0,8 milhão de toneladas cada, reforçando o papel dos terminais portuários europeus como destino prioritário do combustível americano.

Desde o início das exportações de GNL dos EUA para a Europa, em 2016, o fluxo comercial entre as duas potências tem se tornado estratégico tanto do ponto de vista energético quanto geopolítico. A expansão das rotas de fornecimento e o aumento da capacidade de liquefação norte-americana transformaram os Estados Unidos no maior exportador mundial de gás natural liquefeito em 2024, ultrapassando Catar e Austrália.

O aumento das exportações reflete também o impacto das tensões internacionais e das políticas climáticas adotadas pela União Europeia, que busca acelerar a transição energética sem abrir mão da segurança no abastecimento. A demanda por GNL americano cresce, sobretudo, em países que reduziram drasticamente a importação de gás russo por gasoduto.

Para Washington, o avanço consolida a influência energética dos Estados Unidos no mercado europeu, ampliando o peso estratégico do país nas negociações internacionais. Já para o bloco europeu, o movimento reforça a necessidade de diversificar fornecedores e investir em infraestrutura de recebimento e estocagem de gás liquefeito.

Especialistas apontam que o aumento da oferta norte-americana poderá pressionar os preços internacionais de energia no curto prazo, mas também evidencia a crescente interdependência energética entre EUA e UE, que se intensificou após a guerra na Ucrânia e o redesenho das cadeias globais de suprimento.

Fonte: Redação

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