Segunda-feira, 08 de setembro de 2025

Interpol inclui Carla Zambelli na lista vermelha de procurados após ordem de Moraes

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes decretou a prisão preventiva da parlamentar após ela deixar o país dias depois de ser condenada a 10 anos de prisão por invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ)

05/06/2025 às 13h47 Igor Azeredo

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes decretou a prisão preventiva da parlamentar após ela deixar o país dias depois de ser condenada a 10 anos de prisão por invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) / Foto: Reprodução

A Interpol incluiu o nome da deputada Carla Zambelli (PL-SP) na lista de difusão vermelha, atendendo a um pedido da Polícia Federal, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A medida acontece após Zambelli deixar o país, dias após ser condenada a 10 anos de prisão por invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pela inserção de documentos falsos, incluindo um mandado de prisão falso contra o próprio Moraes no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP).

Zambelli deixou o país pela fronteira com a Argentina, pela região de Foz do Iguaçu.

Na manhã de quarta (4), a parlamentar estava na Flórida, nos Estados Unidos, segundo a assessoria.

Ainda na quarta, o ministro Alexandre de Moraes atendeu ao pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e determinou a prisão preventiva de Zambelli.

Em nota, a deputada questionou o fato de Moraes ter decidido de forma "monocrática" – individual, sem levar o caso a plenário.

"Denunciarei esse abuso, essa perseguição e essa escalada autoritária em todos os fóruns internacionais possíveis. O mundo precisa saber que, no Brasil, ministros do Supremo agem como imperadores, atropelando leis, calando vozes, destruindo famílias. Essa perseguição política está apenas começando a ser exposta", segue a parlamentar.

STF apreendeu, mas devolveu passaporte a Zambelli

Em agosto de 2023, a deputada chegou a ter o passaporte apreendido por determinação de Moraes, no contexto das investigações que levariam à condenação dela.

Depois, o passaporte foi devolvido, e, com isso, Zambelli ficou sem essa restrição para deixar o país.

Zambelli pode perder mandato

Com a condenação pela invasão aos sistemas do CNJ, Zambelli deve perder o mandato e ficar inelegível por oito anos. A inelegibilidade não depende do trânsito em julgado da condenação — quando não cabe mais recurso — e passará a valer a partir da publicação da decisão de condenação.

A contagem desse período, no entanto, começará depois de cumprida a pena, o que na prática deixará a deputada pelo menos 18 anos longe da vida pública. Zambelli ainda poderá apresentar recursos contra a condenação, os chamados embargos de declaração.

 

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