Sexta-feira, 02 de maio de 2025

Missionário mirim de 14 anos é proibido de pregar e usar redes sociais após polêmicas

01/05/2025 às 08h56 Redação Ururau

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Agora, sua trajetória sofre uma pausa, enquanto autoridades e responsáveis avaliam os limites entre liberdade religiosa e proteção da infância. / Foto: Reprodução

O adolescente Miguel Oliveira, de 14 anos, conhecido nacionalmente como "missionário mirim", foi proibido pelo Conselho Tutelar de continuar pregando, realizar viagens para compromissos religiosos e utilizar redes sociais. A decisão ocorre após uma série de polêmicas envolvendo suas pregações, nas quais o garoto afirmava realizar curas de doenças graves durante cultos. Um dos episódios que mais repercutiu nas redes foi o momento em que Miguel rasgou supostos laudos médicos em um púlpito, dizendo que havia curado câncer e leucemia, o que gerou críticas de médicos, especialistas em direito infantil e religiosos.

A medida foi tomada com base no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), com o objetivo de preservar a integridade física, emocional e a imagem do garoto, que vinha sendo alvo de ameaças nas redes sociais. Diante disso, o Ministério Público de São Paulo também acompanha o caso.

Segundo o pastor Márcio Silva, líder da igreja Assembleia de Deus Avivamento Profético, à qual o garoto é vinculado, Miguel voltará a estudar de forma presencial, já que até então acompanhava as aulas de forma remota. Ele afirmou que a decisão será respeitada e que o adolescente entendeu bem a situação.

Apesar do afastamento obrigatório, Miguel publicou uma mensagem nas redes sociais antes de se desligar das plataformas, afirmando que seu retorno será “assustador”, declaração que gerou reações divididas entre os seguidores.

Natural de Carapicuíba, em São Paulo, Miguel ficou conhecido por sua eloquência nos cultos desde os três anos de idade, quando relatou ter sido curado de surdez e mudez. Desde então, passou a ser convidado para eventos evangélicos em diversas partes do país, onde, mesmo com a pouca idade, assumia a postura de um pastor experiente diante do público. Agora, sua trajetória sofre uma pausa, enquanto autoridades e responsáveis avaliam os limites entre liberdade religiosa e proteção da infância.

Fonte: Ururau

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