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05/11/2025 às 21h58
Redação Ururau
A ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda, aprovada nesta quarta-feira (5) pelo Senado Federal, deve aliviar o bolso de milhões de trabalhadores e aumentar a carga para quem tem ganhos elevados. O projeto, que ainda será sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, amplia a isenção para quem recebe até R$ 5 mil por mês e cria uma nova faixa de cobrança mínima para rendas anuais acima de R$ 600 mil. A medida passa a valer em janeiro de 2026.
A nova regra é considerada a maior mudança no IR em mais de uma década. O governo estima que cerca de 16 milhões de brasileiros serão beneficiados diretamente. Hoje, quem recebe até R$ 3.036 mensais está livre do imposto. Com a atualização, a faixa de isenção sobe para R$ 5 mil, representando uma economia de até R$ 4.356 por ano para quem está no teto do benefício.
Além disso, o projeto prevê uma faixa intermediária de desconto para quem ganha entre R$ 5.001 e R$ 7.350. Esses contribuintes terão redução parcial da cobrança. Um trabalhador que recebe R$ 7 mil, por exemplo, deve economizar cerca de R$ 600 anuais.
Para compensar a queda na arrecadação, o governo criou uma alíquota progressiva de até 10% sobre rendimentos anuais acima de R$ 600 mil. A medida visa garantir equilíbrio fiscal e reforçar a ideia de justiça tributária.
O presidente Lula comemorou a aprovação e classificou o dia como histórico. “Demos um passo decisivo para um país mais justo e com um sistema que reconhece o esforço de quem constrói o Brasil”, escreveu nas redes sociais. A proposta é considerada estratégica para fortalecer a imagem do governo às vésperas da disputa eleitoral de 2026.
Segundo o relator no Senado, Renan Calheiros (MDB-AL), o texto manteve a essência do projeto aprovado pela Câmara sob relatoria de Arthur Lira (PP-AL), mas ampliou a faixa de desconto até R$ 7.350. Essa mudança, segundo ele, foi possível graças à nova tributação sobre grandes rendas.
A previsão é de que Lula sancione a lei após retornar da COP30, que ocorre em Belém. Caso isso aconteça ainda em 2025, a nova tabela entrará em vigor a partir de janeiro do próximo ano-base.
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