A cinco dias do fim do prazo estipulado pelo governo dos Estados Unidos para que os demais países entrem em um acordo com Washington a respeito das tarifas comerciais impostas pelo presidente norte-americano Donald Trump, o Brasil vai ficando no fim da fila e com chances cada vez menores de escapar do chamado “tarifaço”.
Neste domingo (27/7), após uma reunião com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em Edimburgo (Escócia), Trump confirmou que EUA e União Europeia (UE) chegaram a um acordo sobre as tarifas.
“A UE vai concordar em comprar dos EUA US$ 750 bilhões em energia”, afirmou Trump. De acordo com o republicano, a UE também concordou em investir US$ 600 bilhões nos EUA a mais do que já está investindo. O acordo é semelhante ao fechado com os demais países que conseguiram diálogo com a Casa Branca, como o Japão.
O acordo irá “reequilibrar, mas permitir o comércio de ambos os lados”, disse Von der Leyen, reconhecendo a necessidade de balancear a relação (veja abaixo mais detalhes do acordo entre norte-americanos e europeus).
Também neste domingo, em entrevista à Fox News, o secretário do Comércio dos EUA, Howard Lutnick, afirmou que a nova rodada do tarifaço de Trump entrará mesmo em vigor na próxima sexta-feira, dia 1º de agosto, sem possibilidade de prorrogação do prazo determinado pela Casa Branca.
O Brasil é o país que foi alvo das maiores taxas. Trump anunciou a aplicação de tarifas extras de 50% sobre todos os produtos exportados pelo Brasil aos norte-americanos. Até o momento, não houve avanço significativo nas negociações entre os governos brasileiro e dos EUA.
Os EUA também instauraram investigação comercial, aberta pelo Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR, na sigla em inglês), a pedido de Trump. O governo norte-americano afirma que a análise pretende investigar supostas práticas comerciais desleais do Brasil em relação aos EUA e cita como exemplo as recentes disputas judiciais envolvendo plataformas digitais.
No caso brasileiro, a situação parece mais política do que econômica, já que o país tem déficit no comércio com os EUA, mas Trump tem insistido na defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu governo tem fechado as portas para negociações técnicas.
Neste domingo, a reunião entre Trump e Von der Leyen sacramentou o acordo comercial entre europeus e norte-americanos. As tarifas de 30% impostas por Trump serão reduzidas para 15%, em formato semelhante ao que ocorreu com o Japão.
Os detalhes do acordo ainda não foram divulgados por completo. Mas a tendência é que essa alíquota de 15% seja aplicada a setores como o automotivo e o farmacêutico e não acrescentada às chamadas tarifas “de longa data” dos EUA, que giram em torno de 5%.
Também estão sobre a mesa concessões para setores específicos da economia europeia, entre os quais o aéreo, o de medicamentos e o de produtos agrícolas.
Após o fim da reunião com Von der Leyen, Trump se referiu ao acordo com a UE como “o maior de todos os tempos”.
No dia 22 de julho, o governo Trump anunciou um acordo comercial com o Japão. O acerto prevê investimentos de US$ 550 bilhões do Japão nos EUA. A maior parte do lucro, cerca de 90%, deve ir para os cofres do país, segundo Trump. Além disso, o presidente dos EUA afirmou que o Japão também deve abrir seu comércio para alguns itens.
As tarifas sobre as importações japonesas caíram de 25% para 15%.
Reino Unido
Parceiro histórico dos EUA, o Reino Unido foi o primeiro país a anunciar um acordo com Trump sobre as tarifas comerciais, no início de maio.
Ficou acertado que as montadoras britânicas terão direito a uma cota de 100 mil carros sob tarifas de 10% – abaixo dos 25% anunciados inicialmente pelos EUA.
Também foi confirmada uma redução das tarifas aplicadas sobre aço, etanol e carne, que passaram a ser de 10%.
O setor aeroespacial britânico, por sua vez, viu as tarifas de 10% serem removidas pelos norte-americanos, que firmaram o compromisso de mantê-las zeradas.
China
No dia 12 de maio, EUA e China – as duas maiores economias do mundo – anunciaram um acordo preliminar que suspendeu as tarifas comerciais de parte a parte por 90 dias, para diminuir as tensões geradas pela guerra comercial travada pelas duas potências desde o início do ano. Esse prazo termina no dia 12 de agosto.
Durante esse período, a China reduziu as taxas sobre produtos dos EUA de 125% para 10%, enquanto Washington baixou as tarifas de 145% para 30%.
Na semana passada, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, admitiu que o prazo para o acordo com Pequim pode ser novamente prorrogado, por mais 90 dias. “Podemos conseguir um grande e lindo reequilíbrio com a China”, disse Bessent.
Filipinas
Com as Filipinas, os EUA firmaram um acordo para a aplicação de tarifas comerciais de 19% – mesmo patamar das taxas sobre a Indonésia e um ponto percentual abaixo do que foi acertado com o Vietnã.
Indonésia
No dia 15 de julho, Donald Trump anunciou um acordo com a Indonésia, com a taxação de 19% sobre os produtos importados do país. As exportações norte-americanas, por sua vez, não serão taxadas.
A Indonésia havia sido ameaçada pela Casa Branca com tarifas que poderiam chegar a 32%.
Vietnã
Serão de 20% as tarifas comerciais aplicadas pelos EUA sobre as exportações vietnamitas ao país. O Vietnã estava sob risco de ser taxado em até 46%.
O país vai abrir seu mercado aos EUA, que poderão vender seus produtos sem nenhum tipo de tarifa.
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