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19/02/2020 às 17h53
Unanimidade entre os foliões campistas, o Boi Capeta, simpático morador do bairro da Lapa, comemora, nesta sexta-feira (21), 50 carnavais de muita alegria. A concentração acontece às 19h, na esquina da Tenente Coronel Cardoso com a Rua dos Goitacazes, em frente ao Estádio Ary de Oliveira e Souza. O evento faz parte da agenda de festas pré-carnavalescas do município e conta com apoio da Prefeitura de Campos, através da Guarda Civil Municipal.
– O primeiro desfile, em 1970, veio da ideia de um grupo de jogadores do Goytacaz, como forma de celebrar a folga proporcionada pelos dias de folia. O jogador Paulinho Neguinho foi o principal incentivador da criação do bloco. Outros craques do Goyta, como Pereira e Benito, também participaram da brincadeira, passando a missão da continuidade da festa para outras formações do time – conta Beto Baixinho, um dos fundadores do bloco.
Em cinco décadas, diversas gerações de foliões passaram pelo Boi Capeta, incluído a família Luís Augusto SantAnna, o Coliseu, que passou a ser o organizador da festa há 29 anos. Com o apoio de amigos, de sua esposa, suas filhas e netos, ele mantém viva uma tradição da qual participa desde o primeiro desfile.
– Pouca gente sabe, mas, por cinco anos, o Boi Capeta desfilou nos domingos de carnaval e, desde 1975, ficou consolidada a sexta-feira como data da festa. Em 2020, nosso desfile será marcado pela celebração Jubileu de Ouro, trazendo o Boi Capeta com uma cor diferente do tradicional vermelho, que só será revelada na hora do desfile – adianta Coliseu.
Roteiro – A partir das 21h, o bloco sairá, das imediações do Goytacaz, com apoio da Guarda Civil Municipal, em direção ao Boulevard Francisco de Paula Carneiro. Em seguida, os foliões seguirão, da Praça do Santíssimo Salvador, em direção à quadra da Escola de Samba Ururau da Lapa, para o tradicional Grito de Carnaval do Boi Capeta.
— Nossa festa sempre foi feita com alegria e respeito. Com orgulho, o Boi Capeta carrega a marca de ter sido um dos pioneiros no espaço de valorização aos artistas transformistas, representados, inicialmente, pelos saudosos Paulete, Jolivete Lorenzoni e Argeu Nani. Mais tarde, por 17 anos, a figura do transformista se fez representada por nossa eterna madrinha, Edimar Soró Chagas, que faleceu em 2018. Nesta sexta-feira, nossa festa será dedicada a esses grandes artistas — finaliza Coliseu.
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