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19/09/2025 às 12h58 
19/09/2025 às 13h03
Redação Ururau
Campos dos Goytacazes, a maior cidade do Norte Fluminense, encerrou 2024 com boa situação fiscal, mantendo equilíbrio nas contas e controle eficiente dos gastos com pessoal, embora ainda enfrente limitações em investimentos públicos. Com nota 0,6021 no Índice Firjan de Gestão Fiscal – Edição 2025 (IFGF 2025), a cidade se enquadra na categoria Boa Gestão, mostrando que é possível administrar recursos de forma responsável e estratégica.
Vale lembrar que o índice não foi melhor porque a prefeitura teve que reduzir os investimentos públicos, que diminuíram em razão da retenção das verbas da saúde pelo Governo do Estado, o que fez a prefeitura priorizar os gastos com a saúde. Sem cofinanciamento, as obras e compras de bens e serviços pela prefeitura ficaram diminuídas, e esse dinheiro deixou de gerar mais emprego, renda e impostos.
No contexto regional, os municípios do Norte Fluminense apresentam desempenho diverso. Macaé lidera a região, com excelente autonomia fiscal e forte destinação de recursos para investimentos, enquanto São João da Barra mantém equilíbrio nas contas e prioriza projetos estratégicos. Quissamã e Cardoso Moreira registraram desempenho sólido em liquidez, reforçando sua capacidade de honrar compromissos financeiros. Já São Francisco de Itabapoana e São Fidélis enfrentam desafios significativos, situando-se nas categorias de Gestão em Dificuldade ou Gestão Crítica.
Mais importante do que os números fiscais, no entanto, são os indicadores sociais. Campos dos Goytacazes mostrou que é possível unir boa gestão fiscal com resultados concretos na melhoria da vida das pessoas. Apesar de contar com menos recursos do que todos os municípios que foram analisados no caso do orçamento per capita, Campos se destacou na redução da pobreza, segundo os dados mais recentes do Caged, alcançando uma diminuição de cerca de 4% na população dependente de programas sociais, refletindo a melhoria da renda da população.
O caso de Campos demonstra que a gestão fiscal deve ser uma ferramenta para a qualidade de vida, e não um fim em si mesma. A cidade provou que é possível administrar recursos de forma eficiente e, ao mesmo tempo, gerar impacto positivo nos indicadores sociais, fortalecendo políticas públicas que beneficiam diretamente os cidadãos.
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