Domingo, 24 de agosto de 2025

Corte de verbas atinge universidades de Campos

Universidades da cidade enfrentam redução de recursos e risco de paralisação de projetos neste ano

24/08/2025 às 13h13 24/08/2025 às 15h36 Redação Ururau

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Campus da UENF em Campos: cortes de 2025 já afetam bolsas, pesquisas e manutenção das universidades locais / Foto: Reprodução

As universidades de Campos dos Goytacazes enfrentam mais um ano de restrição orçamentária em 2025. UENF (Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro), IFF (Instituto Federal Fluminense) e o polo local da UFF (Universidade Federal Fluminense) iniciaram o semestre letivo com repasses reduzidos e sem perspectiva de recomposição financeira.

Na UENF, o Governo do Estado liberou apenas R$ 210 milhões dos R$ 310 milhões previstos no orçamento de 2025 até agosto, o que representa uma execução de pouco mais de 67%. A universidade já reduziu contratos terceirizados, suspendeu parte da manutenção predial e já enfrentou atrasos no pagamento de bolsas de iniciação científica e de pós-graduação em 2025. Professores alertam que, se o ritmo continuar, programas de pesquisa podem ser interrompidos ainda este ano.

O IFF, que conta com três campi em Campos, também sofre com a tesoura federal. O Ministério da Educação anunciou em junho um contingenciamento de R$ 2,4 bilhões para universidades e institutos federais em todo o país, dos quais cerca de R$ 8 milhões atingem diretamente o IFF. Em Campos, o impacto já é visível: Dificuldades na manutenção de auxílios estudantis, suspensão de obras de ampliação e problemas para manter laboratórios funcionando. Técnicos e docentes discutem nova paralisação ainda no segundo semestre.

Já a UFF em Campos, que oferece cursos de História, Geografia e Ciências Sociais, vive situação semelhante. A instituição perdeu R$ 42 milhões em seu orçamento global de 2025, segundo dados da própria reitoria, e a prioridade tem sido manter o funcionamento básico do campus. Projetos de expansão foram congelados, a contratação de professores segue travada e estudantes relatam riscos de atrasos na liberação de auxílios permanência.

Em comum, as três instituições denunciam que os cortes de 2025 aprofundam a precarização e limitam a capacidade de formar mão de obra qualificada em uma região estratégica para o Brasil, marcada pela presença da indústria do petróleo, do agronegócio e da logística.

“Estamos diante de um quadro em que a universidade não consegue garantir nem o custeio básico. A pesquisa e a extensão ficam em segundo plano”, afirmou um representante sindical da UENF.

A crise reacendeu mobilizações de servidores e estudantes, que prometem ampliar protestos em Campos nas próximas semanas.

Fonte: Redação

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