Quinta-feira, 16 de maio de 2024

MST em Campos preocupa investidores na região

Empresa nacional se prepara para investir em eucaliptos mas pode recuar

15/04/2024 às 08h05 15/04/2024 às 17h07 Igor Azeredo

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Empresa nacional se prepara para investir em eucaliptos mas pode recuar / Foto: Ururau

Depois de aproximadamente duas horas de mobilização policial para impedir uma suposta invasão de terras na região de Morro do Coco, em Campos, na madrugada desta segunda-feira (15), um grupo de 150 pessoas reforçou a ocupação no assentamento do Movimento Sem-Terra (MST), Josué de Castro. Com foices e machados , o grupo estava acompanhado de uma advogada do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que veio do Rio de Janeiro. Empresa nacional se prepara para investir em eucaliptos mas pode recuar. Os investimentos são na Fazenda Boa Esperança, que faz divisa com o assentamento.

Os trabalhadores chegaram em ônibus fretados de outro município. Mobilizados desde às 4h, após receberem denúncias de invasões de terra, policiais militares e civis tentaram impedir a entrada dos trabalhadores. No entanto, o grupo apresentou um documento que garantia a propriedade da terra. Chegou a acontecer uma negociação pacífica.

"Nós somos assentados pelo Incra há cerca de 20 anos. O assentamento tem 35 famílias e somos produtores rurais. Fornecemos alimentos da Agricultura Familiar que produzimos aqui. Nós estamos reunindo mais pessoas para expandir o nosso movimento", explicou Reni Cabral, presidente da Associação do Assentamento Josué de Castro.

As polícias Civil e Militar estão mobilizadas há vários dias com o objetivo de impedir ameaças de violência citadas em denúncias às corporações. O grupo, no entanto, garante que a chegada à região é pacífica.

O movimento faz parte do Abril Vermelho, data que faz referência a intensificação das ocupações de terras para a Reforma Agrária. O movimento voltou a crescer nos últimos dois anos.

Fonte: Ururau

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