A Praia do Açu, em São João da Barra, no Norte Fluminense, vive um cenário cada vez mais semelhante ao que ocorreu em Atafona, onde o avanço do mar provocou a destruição de ruas, imóveis e equipamentos urbanos ao longo dos anos. Mantido o ritmo atual de erosão costeira, a localidade de Barra do Açu corre o risco de desaparecer, deixando centenas de famílias sem moradia e sem qualquer garantia de medidas compensatórias.
Há mais de uma década, estudos técnicos e reportagens alertam para o processo de erosão que consome a faixa de areia da região. O fenômeno, segundo registros, foi previsto nos estudos de impacto ambiental utilizados pela OSX para obtenção das licenças necessárias à instalação da unidade de construção naval do Porto do Açu. Ainda assim, as advertências não resultaram em ações efetivas por parte do poder público ou dos gestores do empreendimento.
De acordo com análises já divulgadas, estruturas perpendiculares à linha da costa teriam alterado a dinâmica natural das correntes marítimas, intensificando a perda de sedimentos. Mesmo diante de registros fotográficos, vídeos e documentos científicos, o Porto do Açu, atualmente administrado pela Prumo Logística Global, é acusado de ignorar os efeitos de suas intervenções na região. A atuação considerada passiva do Instituto Estadual do Ambiente também é apontada como fator de agravamento do problema.
Moradores relatam momentos de tensão constantes. Em um dos trechos mais críticos, a força das ondas eliminou o que restava da faixa de areia, aproximando o mar de residências e estabelecimentos comerciais. Para muitos, a sensação é de abandono. Como relatado, “a inércia tanto dos gestores do porto como das autoridades governamentais deixa os moradores ao Deus dará”, sem debate sobre indenizações, reassentamento ou obras de contenção.
As soluções de engenharia costeira existem e são amplamente conhecidas, mas dependem de vontade política e do cumprimento das condicionantes ambientais estabelecidas no licenciamento do empreendimento. Especialistas alertam que, sem intervenção urgente, o processo erosivo tende a se intensificar nos próximos anos.
O cenário se torna ainda mais preocupante diante das recentes mudanças na legislação ambiental. Com o chamado PL da Devastação transformado em lei, regras foram flexibilizadas, reduzindo a responsabilização de grandes empreendimentos instalados em áreas costeiras. Para ambientalistas, isso pode fazer com que situações semelhantes à da Praia do Açu se multipliquem pelo litoral brasileiro.
Nesta semana, a Defesa Civil voltou a emitir alertas por causa da previsão de ressaca. O órgão orientou pescadores e praticantes de esportes náuticos a evitarem o mar. Moradores registraram novos avanços das ondas, que já destruíram trechos de ruas e comprometeram infraestruturas públicas e privadas, reforçando o temor de que a história de Atafona esteja prestes a se repetir.
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