Domingo, 22 de junho de 2025

Quem é o dono de Porsche que bateu em Sandero e matou motorista de app

Empresário Fernando Sastre Filho foi interrogado na segunda (1º) e disse que estava com amigo em casa de jogos na Zona Leste de São Paulo. Também afirmou que não bebeu e nega ter fugido do local do acidente. Ornaldo Viana morreu no domingo (31).

03/04/2024 às 09h24 Igor Azeredo

Facebook Whatsapp Twitter
Facebook Whatsapp Twitter
Empresário Fernando Sastre Filho foi interrogado na segunda (1º) e disse que estava com amigo em casa de jogos na Zona Leste de São Paulo. Também afirmou que não bebeu e nega ter fugido do local do acidente. Ornaldo Viana morreu no domingo (31). / Foto: Reprodução/TV Globo

O empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, motorista do Porsche de mais de R$ 1 milhão que, na madrugada do último domingo (31), matou o motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, após bater no carro dele, tem 24 anos, é sócio de uma construtora e estudou engenharia numa universidade particular em São Paulo.

O acidente ocorreu na Avenida Salim Farah Maluf, na Zona Leste, e foi gravado por câmeras de segurança.

O Porsche azul 911 Carrera GTS, ano 2023, que era guiado por Fernando, está avaliado em R$ 1,3 milhão pela tabela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O veículo pode atingir mais de 300 km/h e leva cerca de 3 segundos para ir de 0 km/h a 100 km/h.

O automóvel de luxo ficou parcialmente destruído no acidente e não tem seguro. Ele pertence à empresa da família do motorista, a F. Andrade, de propriedade de seu pai, Fernando Sastre de Andrade. Ela atua no comércio de materiais para construção, segundo a Receita Federal. A empresa distribui ferro e aço para a construção civil.

O Renault Sandero branco EXP, ano 2017, guiado por Ornaldo, custava em torno de R$ 40 mil. Ele chegou a ser socorrido por uma ambulância dos Bombeiros, mas não resistiu e morreu no Hospital Municipal do Tatuapé. Tinha 52 anos e dirigia o veículo sozinho. Seu automóvel teve a traseira completamente destruída depois de ter sido atingido pelo Porsche.

Fernando disse em seu interrogatório à Polícia Civil que saía de uma casa de pôquer com um amigo e que trafegava "um pouco acima do limite" de 50 km/h para a via quando ocorreu o acidente. O empresário não soube dizer aos policiais qual era a velocidade em que estava.

Fernando tem seu nome citado no quadro de sócios de uma das empresas da sua família, a incorporadora Sastre Empreendimentos Imobiliários. Ele também aparece como único sócio da FF Andrade Serviços Administrativos.

Há cinco anos, Fernando foi aprovado em uma universidade privada da capital paulista, o Mackenzie, onde cursou engenharia civil por algum tempo. Segundo a instituição de ensino, ele não está matriculado lá desde 2021.

Fuga do local do acidente

De acordo com a polícia, Fernando fugiu sem fazer o teste do bafômetro e dar sua versão para o acidente. Ele só apareceu depois de 36 horas. Compareceu no 30º Distrito Policial (DP), Tatuapé, acompanhado da mãe, Daniela Cristina de Medeiros Andrade, e de advogados.

No depoimento, Fernando não soube responder aos policiais qual era a velocidade que o Porsche estava no momento do acidente. Falou que "estava um pouco acima do limite permitido, porém, não chegava ser muito acima também".

Mas um casal que estava em outro veículo, um Hyundiai HB20, o Porsche azul, dirigido pelo empresário, o ultrapassou em alta velocidade, depois perdeu o controle, batendo no Renault Sandero branco, guiado por Ornaldo. O homem e a mulher deverão ser ouvidos novamente pela polícia.

A Polícia Técnico-Científica vai analisar as imagens para determinar qual era a velocidade do Porsche no momento da batida com o Sandero. O laudo pericial irá informar se o carro de luxo estava em velocidade acima do limite para o trecho.

A delegacia que investiga o caso chegou a pedir à Justiça a prisão temporária do motorista do Porsche, mas a solicitação foi negada. No pedido feito ao juiz, a polícia alegava que Fernando fugiu do local do acidente e estava em alta velocidade e que precisaria ser preso porque a sociedade pedia sua prisão. Mas a Justiça negou o pedido argumentando que o motorista já havia se apresentado na delegacia e dado depoimento.

Indiciamento em três crimes

Fernando foi indiciado pela polícia para responder em liberdade pelos crimes de homicídio por dolo eventual (quando assume o risco de matar), lesão corporal e fuga do local de acidente.

A defesa dele, feita por um escritório particular de advocacia, divulgou nota à imprensa informando que seu cliente não bebeu e que o acidente foi uma "fatalidade".

Em seu interrogatório na delegacia, o empresário contou aos policiais que chegou com um amigo, de 22 anos, por volta das 23h de sábado a um clube de pôquer na Rua Marechal Barbacena, no Tatuapé. Disse ainda que seu amigo ingeriu bebida alcoólica, mas não estava dirigindo. Depois falou que ele e o colega ficaram no local até 2h de domingo. Em seguida, foram embora.

No trajeto para levar o amigo para a casa dele, Fernando relatou que trafegava com seu Porsche pela Avenida Salim Farah Maluf, no sentido à Radial Leste, quando "viu a luz de freio de um veículo à frente acender e ao tentar desviar", colidiu com ele.

Fonte: g1

Últimas Notícias

EM ALTA

Aviso importante: a reprodução total ou parcial de qualquer conteúdo (textos, imagens, infográficos, arquivos em flash etc) do Portal Ururau não é permitida sem autorização e os devidos créditos e, caso se configure, poderá ser objeto de denúncia tanto nos mecanismo de busca quanto na esfera judicial. Se você possui um blog ou site e deseja estabelecer uma parceria com o Portal Ururau para reproduzir nosso conteúdo, entre em contato através do email: comercial@ururau.com.br

Todos os direitos reservados - Ururau Copyright 2008-2022 Desenvolvimento Jean Moraes