Quinta-feira, 19 de junho de 2025

'A viagem': Novela impulsionou venda de livros espíritas e teve fenômenos paranormais

O público vai poder relembrar, ou assistir pela primeira vez, a trama emocionante e recheada de mistério que cativou o público na época

19/06/2025 às 12h20 Igor Azeredo

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O público vai poder relembrar, ou assistir pela primeira vez, a trama emocionante e recheada de mistério que cativou o público na época / Foto: Reprodução/Rede Globo

Nesta segunda-feira (12), "A viagem" volta à tela da Globo, no "Vale a pena ver de novo". O público vai poder relembrar, ou assistir pela primeira vez, a trama emocionante e recheada de mistério que cativou os telespectadores na época. A novela de Ivani Ribeiro, de 1994, trouxe à tona temas como a vida após a morte, espiritismo e os dilemas do além, abordados com drama e sensibilidade. Para aquecer o coração dos fãs e preparar todos para essa grande reprise, preparamos 19 curiosidades sobre a novela que marcaram época e continuam vivas na memória dos telespectadores. Confira:

Remake de 1975

"A viagem", de 1994, foi um remake de uma novela homônima exibida na TV Tupi em 1975. Ivani Ribeiro, autora das duas versões, trouxe a trama de volta com um novo olhar.

Último trabalho de Ivani Ribeiro

"A viagem" foi a última novela escrita por Ivani Ribeiro, que faleceu no ano seguinte, em 1995.

Espiritismo no centro da história

A trama abordou de forma inédita temas relacionados ao espiritismo, como a vida após a morte, reencarnação, obsessões e o papel da mediunidade.

Desafio de Christiane Torloni

A atriz Christiane Torloni teve um desafio pessoal ao aceitar o papel de Diná. Ela havia perdido seu filho após um acidente de carro no começo dos anos 90 e foi convencida pelo diretor Wolf Maya a retornar à TV para protagonizar a novela. Essa foi o primeiro folhetim dela após a tragédia.

“Eu estava morando fora quando ele me chamou. E ele mentiu para mim, dizendo que o Fagundes já tinha aceitado e que era uma comédia. Quando você olha A Viagem, é engraçada no começo porque a personagem era insuportável. Então, não me arrependo", contou ela ao podcast "Novelão, completando: "Há momentos em que as obras vêm para acalmar um pouco o coração das pessoas. Uma das coisas que eu percebi em 'A viagem' foi um feedback em locais como hospitais, asilos, orfanatos... A gente recebia muitas cartas. Era impressionante".

Mudança de nome

O personagem César (Altair Ribeiro), da versão de 1975, teve seu nome alterado para Otávio César Jordão (Antonio Fagundes), ou apenas Otávio, na versão de 1994. Isso porque a novela anterior "Olho no olho" já havia um personagem com esse nome.

Aumentou vendas de livros espíritas

A exibição de "A viagem" teve tanto impacto que as livrarias especializadas viram um aumento de 50% nas vendas de livros sobre espiritismo, segundo o site Memória Globo.

Dificuldades de produção

A novela foi produzida com um prazo apertado de 20 dias antes de entrar no ar, o que gerou desafios para a equipe. Isso porque a novela que estrearia em seu lugar teve um atraso. Segundo o diretor Wolf Maya, só foi possível essa mudança porque os cenários do céu e do inferno só surgiriam na trama depois do capítulo 60, dando tempo à equipe de produzir as cenas ambientadas nesses espaços.

Relacionamento fraternal

 

A relação entre Diná e Estela, interpretadas por Christiane Torloni e Lucinha Lins, foi um dos pontos altos da trama, sendo muito querida pelos telespectadores. Elas pressentiam quando estavam próximas uma da outra e se comunicavam por telepatia.

Cenas misteriosas

O “Mascarado”, interpretado por Breno Moroni, se tornou um personagem enigmático da novela, com seu comportamento mímico e identidade oculta.

Aliado espiritual

 

O personagem Alberto (Cláudio Cavalcanti), que trabalhava como médium, ajudava outros personagens a resolver questões do além, sendo uma figura fundamental na trama.

 

Dúvidas nos bastidores

 

No início da produção, havia a possibilidade de "A viagem" ser exibida no horário das 18h, mas o sucesso do tema mais dramático fez com que fosse alocada no das 19h.

Primeiro trabalho na TV

 

A novela foi o primeiro grande trabalho para alguns atores, como Lúcio Mauro Filho e Thierry Figueira, que ganharam destaque com seus papéis.

 

Ajuda para contar a história

 

Ivani Ribeiro teve ajuda para contar a história, tendo o auxílio de Herculano Pires, que forneceu informações sobre o espiritismo, além da colaboração de Chico Xavier. Ela se baseou em dois livros psicografados por Chico Xavier, "Nosso lar" e "A vida continua", para escrever a trama em 1975.

 

Perda de atriz jovem

 

A atriz Chris Pitsch, que interpretava Bárbara, morreu inesperadamente após a novela, aos 25 anos, vítima de uma parada cardíaca.

 

Sucesso

 

"A viagem" foi um sucesso tanto de audiência quanto de crítica. Ela foi uma das novelas recordistas de audiência no horário das 19h.

 

Releitura do personagem Alexandre

 

O personagem Alexandre, vivido por Guilherme Fontes, acabou se tornando um dos mais lembrados da novela. Trinta anos depois, ele ainda é meme na internet e o ator até hoje é abordado por conta do personagem.

 

Fenômenos durante as gravações

 

Christiane Torloni, a Diná da novela, revelou que viveu momentos inquietantes durante as gravações. Em entrevista ao "Conversa com Bial", a atriz contou que objetos caíam sozinhos, e eletrônicos ligavam sem explicação no apartamento onde morava na época.

“O quarto 1 e o quarto 2 ficavam apitando. Caíam coisas na sala. Nunca fui uma pessoa impressionável...”, disse.

Preocupada, Torloni entrou em contato com o diretor Wolf Maia, que vinha de uma família espírita. Ela pediu que fosse feita uma mentalização, e a equipe realizou um encontro de oração.

“Me concentrei, e parou”, contou a atriz.

 

Cartas psicografadas

 

A atriz também revelou que recebia diversas cartas durante a exibição da novela — muitas delas psicografadas.

“Diziam: ‘Fica calma, está tudo bem, esse trabalho precisa ser feito, vai confortar as pessoas, estão acalmando’”, lembrou Torloni, que acrescentou: “Eu orava. Essa é a nossa ferramenta.”

 

Medo nas ruas

 

Segundo relatos do Memória Globo, Laura Cardoso, que interpretava a personagem Dona Maroca, contou que algumas crianças passaram a ter medo dela por conta das expressões fortes de ódio que usava em cena.

Fonte: Extra

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