Em geral, não nos sentimos à vontade em ser vulneráveis, em saber que em uma situação estamos expostos a determinados riscos sociais como o ridículo, o amor não correspondido, a possibilidade de ser magoados, entre outros medos que temos.
No livro “A coragem de ser imperfeito”, a professora e pesquisadora de coragem, vulnerabilidade, vergonha e empatia, Casandra Brené Brown, vem nos dizer que vulnerabilidade é a melhor medida de coragem que podemos ter.
Nessa hora, você deve estar falando “Gabriel, onde que ser mais vulnerável vai me tornar mais corajoso”?
Já imaginou o nível de coragem que é necessário para expressar de forma honesta a sua opinião sobre um assunto? Já viu quantos alunos não fazem uma pergunta durante uma aula, por medo dos comentários dos colegas de turma? Já viu quantas pessoas deixam de abraçar uma oportunidade de trabalho desafioadora por medo de não se acharem capazes?
No começo do livro, o tema central é a escassez. Somos, de forma inconsciente, programados para achar que nunca temos tempo o suficiente, somos bons o suficiente, corajosos o suficiente. E essas crenças retroalimentam nosso sistema pessoal de escassez.
É necessário ir adequando essa programação para que possamos obter êxito em nossa vida. O receio é uma droga paralisante. Se eu não acreditar que sou bom o suficiente para fazer algo, vou deixar de tentar simplesmente por achar que não posso e a profecia autorrealizadora, que diz que não sou capaz, se realiza na minha frente. No segundo capítulo Brene, trata dos principais mitos da vulnerabilidade, que são:
01- Vulnerabilidade é fraqueza:
Você consegue pensar em exemplos de coragem, da sua vida ou de alguém próximo, onde não havia risco, incerteza, medo ou exposição emocional? Acredito que não. Definitivamente, ser corajosa (o) requer estar em estado de vulnerabilidade, sair da zona de conforto e “entrar na arena”. Vulnerabilidade não é fraqueza, é coragem. Meu amigo, o Superman, foi criado para ser o maior e mais poderoso herói de todos e tem uma pedrinha verde, chamada Kriptonita, que o deixa mais fraco que um ser humano normal.
Dica: Quer fazer algo realmente relevante em sua vida, então aceite sua vulnerabilidade, siga firme e faça!
02- Vulnerabilidade não é para mim!
Vulnerabilidade é pra todo mundo! Para chegar onde está hoje, você com certeza precisou vivenciar diversas experiências de incerteza, risco e exposição. Elas ajudaram a construir sua personalidade.
Quando você não reconhece e não aceita sua própria vulnerabilidade, se torna fácil descontar seus conflitos internos nas pessoas à sua volta. Comumente, despejamos nossas frustrações nas pessoas mais próximas, aquelas que nos amam e estão dispostas a nos ouvir.
“Ou você é vulnerável porque quer, ou a vulnerabilidade surge do nada” – Brené Brown. Todos passam por momentos difíceis o tempo todo. Tenha pessoas em volta pra te ajudar a superar esses momentos ruins, mas sem descontar seus problemas nelas.
Dica: Quer você queira ou não, você será vulnerável em alguns momentos. Então, não espere a vulnerabilidade chegar. Encare ela de forma firme e respeitosa, transforme ela em uma ferramenta de desenvolvimento.
03 - Eu consigo sozinho
Nós somos programados a buscar conexão e pertencimento. Se isolar, “ser vulnerável sozinho”, é se privar de conexão, pertencimento e amor. Sempre haverá sofrimento no final. Estar vulnerável é estar exposto, e não há exposição quando estamos sós. Você precisa estar na arena para estar vulnerável. Dica: Se abrir para conhecer novos amigos e relacionamento lhe trará mais ganhos e crescimento do que se fechar e impedir que a ajuda venha!
04 - É possível ser vulnerável sem sofrer de incerteza e desconforto
Se existe conforto já deixou de ser vulnerabilidade, é outra coisa. O desconforto é intrínseco à vulnerabilidade!
05 - Confiança vem antes da vulnerabilidade
A confiança e a vulnerabilidade se acumulam ao longo do tempo. Criamos laços fortes nas relações interpessoais por meio da confiança. Contudo, algumas vezes se expor parece não ser a melhor opção.
Confiança é algo que se constrói ao longo do tempo. Quanto mais eu compartilho, mais a outra pessoa honra esse compartilhamento. Com o passar do tempo, a confiança cresce, assim como a abertura para compartilhar.
Você deve compartilhar com quem ganhou o direito de ouvir. Sua história é um privilégio de ser ouvida. Vulnerabilidade sem limites também deixa de ser vulnerabilidade. À medida que a confiança cresce, a vulnerabilidade também cresce!
06 - Vulnerabilidade é divulgação
Falar as suas coisas íntimas pra quem quiser ouvir não é vulnerabilidade. Como mencionado no ponto anterior, até na vulnerabilidade existem limites. Não é sobre terminar um relacionamento e se expor em todas as redes sociais. Não se mede vulnerabilidade pela quantidade de divulgação. Ela se mede pela sua coragem em se expor e ser visto numa situação onde você não pode controlar o resultado. Esperamos que tenha pensado bastante em sobre como a vulnerabilidade pode ser uma ferramenta de desenvolvimento e crescimento pessoal. Antes de terminar, gostaria de dedicar esse podcast à minha amada Josiane Medeiros, que me apresentou essa obra e sua autora. Josiane, obrigado por me tornar todos os dias mais vulnerável / corajoso!
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