Terça-feira, 25 de novembro de 2025

Banco Central vira peça-chave no escândalo do Banco Master e na busca por R$ 17 bi sumidos

Indícios ligam omissões do Banco Central à expansão das fraudes do Banco Master

25/11/2025 às 20h01 25/11/2025 às 20h36 Redação Ururau

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Escândalo do Banco Master revela possível omissão grave do Banco Central e levanta nova pressão sobre a movimentação dos 17 bilhões desaparecidos / Foto: Arte e edição Ururau

Banco central pode ser a espinha dorsal do escândalo do Banco Master. A defesa do banco Master pode ter trazido o principal argumento para a acusação nesse momento ao efeito de chegar aos demais implicados na trama. Segundo a decisão proferida pela Desembargadora Federal da Primeira Região, Solange Salgado da Silva na última semana, a mesma revelou ao indeferir a liminar em habeas corpus impetrado pelo paciente Daniel Bueno Vorcaro que o banco Master não sofreu qualquer tipo de fiscalização durante todo esse período pelo Banco Central.

Essa informação é muito importante para o processo e para a própria acusação e para a população. Esse argumento deixa claro que o Banco Central foi sequestrado por grupo de políticos inescrupulosos que operam em Brasília quando trouxeram para dentro da legislação a lei complementar número 179 de 24/02/2021. Essa lei foi sancionada em 24/02/2021, semanas após a ascensão do deputado Arthur Lira à Presidência da Câmara Federal. A lei está assinada pelo presidente Jair Messias Bolsonaro, pelo ministro da fazenda Paulo Guedes e pelo presidente do Banco Central à época Roberto de Oliveira Campos Neto. Observa se que nesse período o Brasil passava por uma de suas piores crises na saúde com a COVID-19. Nesse período aparece o presidente Jair Messias Bolsonaro debochando da população junto com o governador do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas. (Vídeo no Final da matéria)

Importante esclarecer que essa foi a linha do tempo. A partir daí o Banco Master passou a nadar de braçadas na República. As operações suspeitas eram feitas a cara limpa. Evidente que Daniel Bueno tinha cumplicidade com o poder político da época para perpetrar suas trapaças, a ponto da própria defesa se orgulhar disso. Ele nunca escondeu isso em suas declarações. Daniel como diz o pessoal da Faria Lima não era do ramo. Isso parece verdade porque um cidadão que coloca uma lanchonete para lavar 303 milhões de reais pagando à CEO da lanchonete 1460 reais por mês deixa claro um modus operandi que também tinha traços escravocratas. Como alguém que lava 303 milhões de uma só vez com uma lanchonete pode remunerar alguém tão pouco. Gente muito muquirana.

Daniel não era pastor da Igreja Lagoinha em Belo Horizonte como alguns falam, mas durante um período tinha um programa gospel que ele comandava e tinha fama na igreja por ser um dos maiores dizimistas do projeto pastoral. Daniel em BH embora controlasse a mídia corporativa tinha fama de ter feito um empreendimento até hoje inacabado de um hotel na cidade. Sempre foi olhado com reservas pelo pessoal da Faria Lima que o tratavam como Ou te Cyber.

Agora resta saber pela movimentação do banco onde foi parar os 17 bilhões não 12 do Banco Master. Se dependermos do Banco Central para investigar essa grande trapaça estaremos de pés e mãos atadas. Independente da questão de imunidade parlamentar, se comprovado o envolvimento de membros do poder Legislativo nessa grande trapaça é preciso que eles no mínimo sejam afastados inclusive pelo nome daqueles que fazem parte do parlamento brasileiro e não estão envolvidos. Bandido é bandido não interessando onde ele possa estar sentado.

O fato do banqueiro ter sido juntamente com seus comparsas mandado para o presídio é um prenúncio de que o poder judiciário pode não ter boa vontade neste momento com eventual liberdade desses cidadãos. Exemplo: essa lanchonete que lavou 303 milhões. É preciso saber onde foi parar esse dinheiro e o resto dos 17 bilhões desaparecidos. A Polícia Federal e o Ministério Público Federal poderão chegar bem mais longe com os telefones dos custodiados.

É provável que poucas pessoas saibam que esses roubos no Brasil são embutidos na taxa Selic pelo Banco Central. Aqueles que provavelmente estejam envolvidos até o pescoço nessa trapaça como o próprio Banco Central não viu isso até agora. A própria defesa de Daniel o dono do Banco Master revelou com uma certa simplicidade no seu habeas corpus segundo a desembargadora do TRF1. O mais importante da investigação é o envolvimento das autoridades monetárias nos crimes perpetrados nesse escândalo. Evidente que a nossa visão sobre esse tipo de crime é um pouco diferente da mídia corporativa porque diferente deles não temos dono.

Veja o vídeo citado na matéria: 

 

Fonte: Redação

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