Quinta-feira, 20 de novembro de 2025

Criptomoedas enfrentam queda histórica após perderem mais de 1,2 trilhão de dólares

Queda das criptomoedas acende alerta em investidores e pressiona mercados globais

19/11/2025 às 22h12 Redação Ururau

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Criptomoedas acumulam perdas acima de 1,2 trilhão de dólares e derrubam confiança do mercado global / Foto: Reprodução

O mercado global de criptomoedas atravessa uma das fases mais duras desde sua criação. Em pouco mais de seis semanas, a perda acumulada ultrapassou 1,2 trilhão de dólares, derrubando bitcoin, ether e praticamente todos os principais ativos digitais em uma queda sincronizada que movimentou investidores ao redor do mundo.

A reversão começou depois que o bitcoin atingiu o recorde recente próximo de 126 mil dólares no início de outubro. Desde então, o ativo perdeu quase 30 por cento do valor e chegou aos níveis mais baixos em sete meses. O ether repetiu o movimento, seguindo uma correção profunda que atingiu todo o setor.

Analistas internacionais e brasileiros apontam um conjunto de fatores que explicam o cenário atual. O movimento global de aversão ao risco reduziu o apetite de investidores diante de incertezas sobre juros, inflação e tensões geopolíticas. A previsão mais cautelosa do Federal Reserve sobre possíveis cortes na taxa de juros reduziu a liquidez internacional e enfraqueceu a busca por ativos considerados especulativos.

Com o encarecimento do crédito e menor disposição ao risco, posições alavancadas passaram a ser desmontadas rapidamente, provocando liquidações em cascata. Esse efeito pressionou níveis técnicos e acelerou a desvalorização. A análise das redes blockchain também indica queda de atividade interna e enfraquecimento de fluxos que antes mantinham a demanda artificialmente alta.

Empresas fortemente expostas ao bitcoin também sofrem com a correção. Companhias que acumularam grandes quantidades da criptomoeda passaram a enfrentar perda de valor de mercado, o que limita novas compras e amplia o risco financeiro. Plataformas de tecnologia, que historicamente sofrem impacto quando há queda no apetite por risco, também registram recuos acentuados, reforçando o efeito dominó.

O cenário é observado com atenção por investidores brasileiros, já que o país possui grande base de usuários de criptomoedas. No Brasil, os ativos digitais não são proibidos, mas seguem regras rígidas e possuem tributação específica. O recente período de queda acendeu o alerta entre traders e investidores iniciantes que foram atraídos pela forte valorização dos últimos anos.

Apesar da pressão atual, especialistas avaliam que o movimento não altera o ciclo estrutural de longo prazo. A adoção institucional segue em evolução, com novos produtos regulados, maior participação de grandes fundos e amadurecimento do ambiente regulatório internacional. A expectativa é de que, quando houver clareza sobre juros e maior estabilidade no cenário macroeconômico, o mercado possa retomar gradualmente uma trajetória de recuperação.

Até lá, a orientação predominante é de cautela, gerenciamento de risco e atenção redobrada à volatilidade, principalmente em períodos de menor liquidez, como o fim do ano no mercado global.

Fonte: Redação

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