O futuro da BR-101 no Rio de Janeiro ganhou novos contornos após a Arteris Fluminense (AFL) expor, em documentos oficiais enviados ao Tribunal de Contas da União (TCU), os motivos que levaram à devolução da concessão do trecho de 322 km da rodovia. Além da crise econômica e da violência no Estado, a concessionária apontou diretamente o baixo desempenho do Porto do Açu, em São João da Barra, como um dos fatores que inviabilizaram o contrato.
Segundo a defesa da concessionária, houve uma “frustração extraordinária” no tráfego projetado, já que a região não entregou o crescimento esperado com a operação do Açu. A expectativa inicial era de que o porto funcionasse como um hub de exportação de petróleo e mineração. Porém, de acordo com o relatório, desde 2016 o terminal perdeu relevância no cenário nacional: a participação do Açu no total de cargas portuárias brasileiras despencou de 1,6% em 2016 para apenas 0,3% em 2018.
O golpe mais duro foi o vazamento no mineroduto do Sistema Minas-Rio, operado pela Anglo American, que paralisou parte das operações e reduziu drasticamente o escoamento de minério de ferro em São João da Barra. O efeito cascata atingiu diretamente o fluxo da BR-101, rodovia estratégica para transporte de cargas.
Para a AFL, esse cenário comprometeu a base econômica do contrato: o volume real de tráfego na BR-101 foi 26% menor do que o previsto, tornando inviável cumprir as obrigações de investimento e manutenção.
Além disso, a concessionária ressaltou os impactos da insegurança pública no Estado do Rio de Janeiro, especialmente os roubos de carga e a violência no entorno da rodovia, o que teria afastado transportadores e afetado o fluxo de veículos pesados.
O processo de relicitação foi aprovado pelo TCU em 2024, e um novo leilão já está marcado pela ANTT para 11 de novembro deste ano, na B3, em São Paulo. O vencedor assumirá a administração e as obras necessárias para modernizar o trecho.
A fala da Arteris Fluminense acendeu debates políticos e econômicos: até que ponto o Porto do Açu, projetado para ser o “motor logístico” do interior fluminense, cumpriu sua promessa de desenvolvimento regional? E qual o impacto da insegurança pública na capacidade do Rio de Janeiro de atrair e manter grandes concessões de infraestrutura?
O embate está aberto — e o futuro da BR-101 será um termômetro não só para a política de concessões federais, mas também para o papel estratégico do Açu no desenvolvimento da região.
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