Léo Santana falou sobre estar prestes a se tornar um papai de segunda viagem nesta quarta-feira (19). Durante a coletiva de imprensa para a divulgação de DNA de Gigante, nome do projeto que celebra os 20 anos de carreira do baiano, ele revelou a torcida pelo sexo do bebê que espera com Lore Improta. Os dois são pais de Liz, de 4 anos.

O GG contou que o nome Liz nasceu de um sonho da dançarina. “Tô amando ser pai de novo. Duas bênçãos que precisam de mim mil por cento. Eu já falei: vida, se vier outra menina, me ajude, vamos ter que trabalhar de novo. Porque é um desejo meu ter um casalzinho. Mas, se vier um menino agora, eu zerei o game.

A dançarina está grávida do segundo filho do casal - Léo torce para que ela esteja esperando um menino. “Desde a Liz [primeira filha], a gente profetizava que seria o Lorenzo. Até hoje as pessoas nas redes sociais falam: 'Cadê o Lorenzo?'”, brincou. Leo também comentou o casamento interracial com Lore Improta: “Graças a Deus, nunca foi sobre pele, sempre sobre amor e liberdade.”

Ele disse que o casal ainda não definiu nomes: “Sendo bem sincero, a gente ainda não pensou no nome. Estamos falando sobre, mas ainda não veio de forma concreta. Liz falou que, se for menina, é Helena; e se for menino, é Simon. Isso ela que disse, tá, gente?”

No encontro com os jornalistas, ele ganhou o Prêmio Nelson Mandela de Igualdade Racial, da Frente Nacional de Negros e Negras. Na honraria, o cantor teve o nome escrito como no registro de nascimento, Leandro Silva de Santana. “Ih, a Lore briga, hein? Tenho o Improta também (risos).”

O artista também falou sobre a importância representatividade. “Buscamos quebrar barreiras, preconceitos… Parece clichê, mas o que falo é sério. Em uma conversa com minha equipe, falei que ainda é difícil alcançar determinados lugares. Por que isso está acontecendo? Sei que tudo é no tempo de Deus, mas percebo que não conseguimos alcançar alguns lugares por conta do gênero musical e por ser preto. Só digo: vocês vão ter que me aturar. Provo, degrau por degrau, como mereço passar por isso. A luta não acaba nunca.”

Durante a coletiva de impresa, Léo Santana contou que ficou reflexivo ao ver críticas sobre ele não representar a comunidade negra. Ele lembrou que nasceu e cresceu no bairro Lobato, em Salvador, e sempre esteve ligado à realidade periférica. “Fiquei pensativo… caramba, pretos falando de outro preto, que chegou a um certo lugar com merecimento, com mérito”, disse.

“Eu sou representatividade, sim. Principalmente por onde eu escolhi viver, que é a música de pagodão, que já é um som periférico. Já vi discriminação desde aí. Sou representatividade desde a minha mãe e do meu pai, que lutaram e oraram pra criar os três filhos de forma honesta e persistente”, apontou.

Ao anunciar a gravação do DNA do Gigante, ele adiantou que a comemoração será em grande estilo, com um audiovisual gravado ao vivo no próximo dia 20 de novembro, em Salvador. O show será aberto ao público, a partir das 15h, na Praça Maria Felipa, em frente ao icônico Mercado Modelo da capital baiana.

Sobre lançar o projeto no Dia da Consciência Negra, ele reforçou a importância da data e dos avanços conquistados: “É uma grande conquista ser feriado nacional, mas ainda tem muita coisa pra ser resolvida sobre o racismo e o povo preto. Eu sou música, eu sou arte, eu sou cultura. Sou exemplo como homem preto, periférico, de família preta, e que tem filha preta.”

A data foi escolhida por ele justamente pela representatividade, na cidade reconhecida como a maior capital negra fora da África. “O audiovisual vai além da música, além do cantor — pois, antes de tudo, sou filho, irmão, pai, marido, amigo e ser humano. Estamos preparando algo lindo, gigante, que será um presente não só para mim, mas para meus fãs e admiradores. Cada momento desses 20 anos teve um toque especial e será lembrado com muito carinho”, diz o cantor.