Aos 23 minutos do segundo tempo, o clássico entre Flamengo e Botafogo precisou ser paralisado porque jogadores e membros da arbitragem sentiram os efeitos de um spray de pimenta. Mas não houve nenhuma confusão na arquibancada que explicasse o episódio. Na verdade, o incidente ocorreu no lado externo do Maracanã. Um confronto terminou com mais de 100 torcedores detidos.
A confusão ocorreu em frente a um bar onde membros de organizadas do Botafogo que não tinham ingressos para o clássico assistiam à partida. Embora estivessem no perímetro reservado pela Polícia Militar aos visitantes, foram surpreendidos com a presença de rubro-negros que tentaram roubar seus materiais.
A PM interveio na confusão e encaminhou os torcedores ao Juizado Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos (JETGE), no interior do estádio. O Botafogo denuncia que somente alvinegros foram detidos.
A reportagem fez contato com a Polícia Militar, mas ainda não teve retorno. Por meio de sua conta na rede social X, a corporação informou que 102 torcedores foram detidos "após princípio de confusão iniciado na R. Arthur Menezes com São Francisco Xavier. Artefatos explosivos, pedras, garrafas e socos-ingleses foram apreendidos".
O GLOBO ouviu de torcedores que, mesmo tendo aceitado o acordo para não serem processados (mediante pagamento de R$ 200), receberam a proibição de frequentar estádios por três meses. A punição só deveria ser aplicada a quem não aceita a proposta.
O episódio aumentou a insatisfação do Botafogo com o esquema de segurança da partida. Na noite deste domingo, o clube emitiu nota em que manifesta sua indignação com a forma como seus torcedores foram tratados e cobra explicações.
Confira o posicionamento do Botafogo:
"Desde sábado, o Botafogo se posicionou sobre os graves riscos de uma operação precária e açodada para acomodar a torcida do Flamengo no Setor Sul do Maracanã, o mesmo destinado à nossa torcida.
A torcida do Botafogo se viu reduzida a um espaço exíguo na arquibancada e a um reduzido cordão de isolamento nas ruas de acesso ao Estádio.
Relatos indicam torcedores do Flamengo invadindo o espaço destinado à torcida do Botafogo e iniciando um conflito que resultou em ação policial com bombas de efeito moral, balas de de borracha e agressões físicas.
Mais de 150 torcedores foram detidos. Coincidentemente, todos do Botafogo.
O clube exige um posicionamento do Governo do Estado do Rio de Janeiro, da Polícia Militar, do clube mandante, do Consórcio FLA-FLU, do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro e do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro.
O Botafogo realizará todos os esforços necessários à responsabilização dos envolvidos na elaboração do plano de segurança deste Clássico.
Seguiremos firmes na defesa de nossa gente".
A segurança do clássico já vinha sendo motivo de contestação pelo Botafogo antes mesmo do dia da partida. No último sábado, o clube publicou nota manifestando "profunda preocupação'. De acordo com o clube, o Flamengo, mandante do jogo, estaria descumprindo um laudo de segurança que determina que, em clássicos regionais em que a proporção não seja de 50% dos ingressos para cada lado (como foi o caso, com proporção de 95% para o Fla e outros 5% para o Bota), o setor C deveria "permanecer fechado por medida de segurança", como prevê o protocolo elaborado pela Polícia Militar.
A PM, contudo, respaldou a decisão do Flamengo. Flamenguistas e alvinegros ficaram separados por uma chapa de metal e por uma linha de seguranças com policiais militares no setor sul do Maracanã. Não houve registro de confusão no interior do estádio. Mas essa mudança se refletiu no lado externo, com o perímetro reservado aos alvinegros menor do que nos clássicos anteriores. O espaço foi semelhante ao concedido a torcidas de fora do Rio.
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