Quinta-feira, 05 de junho de 2025

MPRJ pede arquivamento do processo de violência física, psicológica e sexual contra Payet

Segundo a instituição, não há provas suficientes de que o jogador tenha cometido os crimes contra a advogada Larissa Ferrari

03/06/2025 às 09h51 Igor Azeredo

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Segundo a instituição, não há provas suficientes de que o jogador tenha cometido os crimes contra a advogada Larissa Ferrari / Foto: Matheus Lima/Vasco/Raquel Collen/Reprodução

O Ministério Público do Rio de Janeiro pediu o arquivamento da denúncia de violência física, psicológica e sexual contra o jogador Dimitri Payet, do Vasco. Segundo os documentos aos quais o EXTRA teve acesso, o órgão alega não haver provas suficientes de que o francês tenha cometido os crimes contra a advogada Larissa Ferrari. A defesa de Larissa recorreu da decisão.

O MPRJ analisou todas as mensagens trocadas entre os dois, afirmando que houve uma empatia de ambos e que mantinham um relacionamento afetivo, e logo as conversas passaram a ter um tom de cunho sexual, consentido pelos dois. O documento ressalta que as conversas fugiam da normalidade, já que Larissa e Dimitri demostraram serem simpatizantes de práticas sexuais de sadomasoquismo, que incluíam eventuais agressões físicas como parte do fetiche e fantasia do casal.

No pedido, é ressaltado que em nenhum momento entre as trocas de mensagens entre eles é visualizado qualquer indisposição, constrangimento e mágoa acerca do tratamento anteriormente entre as duas partes. Larissa afirmou em seu depoimento que Payet sabia de seu diagnóstico de transtorno de borderline e, por isso, sabia que ela iria se submeter a situações vexatórias sem apresentar resistência.

Segundo parte do arquivo, Larissa teria criado uma afeição a Payet, e queria continuar o relacionamento mesmo sabendo que ele é casado e que teria que voltar para a França ao fim do contrato com o Vasco, marcado para o fim de junho. O MPRJ diz que o descontentamento de Larissa na recusa de Payet em manter a relação após sua ida para o país natal, "culminou com o registro da ocorrência e a instauração do inquérito policial".

Sobre a denúncia de violência psicológica, o documento fala que além do depoimento da suposta vítima, é preciso de testemunhas, relatórios de atendimento médico, relatórios psicológicos ou outros elementos, o que também não foi constatado pelo MPRJ. No pedido de arquivamento, o MP diz que Larissa encaminhou de forma espontânea vídeos e fotos íntimas para o jogador.

Em relação ao suposto crime de agressões físicas, apesar das imagens dos hematomas apresentados por Larissa (veja fotos abaixo), o documento diz que no depoimento, ela alegou que tapas, mordidas e coisas do tipo não eram fora do normal nas relações sexuais. Segundo o órgão, é "difícil mensurar o grau de limite do que a vítima considerava razoável", anexando um arquivo enviado pela advogada a Dimitri Payet. A reportagem não teve acesso ao teor da imagem.

Larissa recorreu do pedido de arquivamento do processo. A advogada abriu uma denúncia no Conselho Nacional de Justiça. Segundo ela, o MPRJ desconsiderou o seu depoimento e considerou apenas o do investigado.

"Usou meu transtorno mental como se eu fosse doente a esse nível antes. Não tem cabimento nao levarem a sério e não darem continuidade na investigação, sendo que eu tenho testemunhas no Rio e aqui (Paraná)", lamentou em entrevista ao EXTRA.

Fonte: Extra

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