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23/05/2025 às 21h58
Redação
Após dez horas de votação em Assembleia Geral Extraordinária, os sócios do Vasco aprovaram, nesta sexta-feira, a criação de uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) para a reforma de São Januário. A empresa, diretamente associada à diretoria administrativa do clube, será a responsável formal por receber, aplicar e gerir os recursos da reforma de São Januário.
Em eleição híbrida, 3.059 sócios votaram. Foram 2.315 votos a favor da criação da SPE, 670 contra e 74 abstenções. A criação da SPE é um passo obrigatório definido na lei de transferência do potencial construtivo do estádio do clube, aprovada no ano passado.
Pela lei, o Vasco pode vender o "direito de construir" no terreno do estádio desde que os recursos sejam utilizados exclusivamente na reforma do estádio e projetos urbanísticos em seu entorno. Assim que a SPE for registrada na Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro, o Vasco receberá da Prefeitura, formalmente, os direitos sobre esse potencial construtivo. Quando começar a vendê-lo, seja de forma integral ou fracionada, receberá o dinheiro em uma conta da própria SPE. A partir dali, o intercâmbio entre o clube (via SPE) e a Prefeitura do Rio será constante para a definição do fluxo e das etapas da obra (após os devidos licenciamentos).
Ao longo dos últimos meses, o Vasco vem mapeando o mercado em busca de interessados na compra do potencial. No início do processo, o clube chegou a conversar com um interessado na totalidade dele, mas a negociação acabou não evoluindo.
Próximos passos
De acordo com o segundo vice-presidente geral do Vasco e líder do processo da reforma, Renato Brito Neto, o Vasco deverá começar a obra empregando 20%, no máximo, dos recursos obtidos, ampliando esse uso progressivamente conforme comprova à Prefeitura que cumpriu determinadas etapas da obra. O dinheiro que o cruz-maltino arrecadar neste processo terá que ser utilizado obrigatoriamente na reforma e nos pagamentos de profissionais e encargos relativos a ela.
Hoje, a perspectiva é que as obras possam começar ao fim da atual temporada, mas ainda não há data oficial. O projeto inicial, assinado pelo arquiteto Sergio Dias, estava orçado em cerca de R$ 506 milhões. Clube e Prefeitura, porém, seguem discutindo mudanças. Segundo Brito Neto, a capacidade pode variar entre 43 e 57 mil lugares. Em entrevista à VascoTV, o dirigente falou também na possibilidade de parcerias com empresas externas para financiamento e plano de negócios do futuro novo estádio de São Januário
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