Uma edição ousada e cheia de superlativos: a Bienal do Livro Rio 2025 chega ao final como a mais grandiosa e potente desde a sua criação, em 1983. Neste capítulo tão efervescente, 740 mil pessoas circularam pelos pavilhões do Riocentro, entre a pré-estreia ‘Bienal para você’, no dia 12 de junho, e o último dia 22 – 23% a mais que em 2023, quando 600 mil visitantes estiveram presentes. A 22ª edição do maior festival de literatura, cultura e entretenimento do país não só ancorou o título que o Rio de Janeiro ostenta como Capital Mundial do Livro, concedido pela UNESCO, como também superou as expectativas de público e venda de livros – o que é extremamente simbólico em um país onde 53% da população afirma não ter o hábito de ler (Retratos de Leitura / Instituto Pró-Livro).
“O que vivenciamos aqui foi um movimento coletivo, potente e emocionante! Sem dúvidas, essa Bienal foi única, especialmente pela forma como conectou o público a autores e histórias, permitindo que as pessoas pudessem viver e experimentar o universo literário com profundidade, leveza e diversão. Esse foi o nosso maior sucesso: promover um festival que estimula o gosto pela leitura, a formação de novos leitores e autores, respeitando o interesse de cada um e seu jeito de se relacionar com a literatura”, afirma Tatiana Zaccaro, diretora da GL events Exhibitions, organizadora do evento ao lado do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL).
O festival que se reinventa a cada edição, neste ano, lançou o conceito inédito de Book Park, transformando o Riocentro em um imenso parque literário, onde as histórias ganharam vida em ativações e experiências imersivas. Democrática, inclusiva e absolutamente diversa, a Bienal inovou, a partir de estudos de hábitos de consumo e interesses do leitor, e atraiu os mais diferentes públicos, posicionando-se como protagonista em irradiar uma experiência literária capaz de cativar a todos. Cerca de 6,8 milhões de livros foram vendidos (23% a mais que em 2023) pelas mais de 700 editoras presentes no evento.
Os expositores registraram recordes de vendas e alguns chegaram a 100% de crescimento em comparação com o evento de 2023. A HarperCollins Brasil, por exemplo, dobrou seu faturamento em comparação com a edição anterior. Na Globo Livros, o crescimento foi de 70%, enquanto Companhia das Letras e Record alcançaram um aumento de cerca de 65%. As editoras Sextante e Arqueiro tiveram alta de 60%, seguidas por Intrínseca e Ediouro, com avanço de 45% nas vendas. Já a Rocco registrou um incremento de 59%.
“O sucesso da experiência mais imersiva apresentada nesta edição da Bienal deixou claro que a literatura precisa ir até o público sob diferentes abordagens. Por isso, a Bienal é essa potência que impulsiona o universo literário como um todo e que foi crucial para o Rio conquistar o título de Capital Mundial do Livro, e se mostra um poderoso instrumento para a tão necessária ampliação do universo de leitores no país”, destaca Dante Cid, presidente do SNEL.
Para ampliar o alcance da leitura e aproximar as pessoas dos livros, a Bienal do Livro Rio 2025 se transformou em uma plataforma de múltiplas expressões artísticas que orbitam o universo dos livros. O evento é apresentado pelo Ministério da Cultura, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura e Shell Brasil e Banco Itaú.
Música, teatro, novelas, games, audiovisual e conteúdos digitais se entrelaçaram para criar experiências imersivas e sensoriais. Uma curadoria plural e de peso definiu a programação do Café Literário Pólen, Palco Apoteose Shell, Biblioteca Fantástica, Praça Além da Página Shell, Artists Alley, abordando assuntos contemporâneos importantes para a sociedade e destacando múltiplas vozes e sua bibliodiversidade.
Bienal teve 1.850 autores e 1.200 horas de conteúdo
Este ano, pela primeira vez, a Bienal abriu as portas um dia antes com a ‘Pré-Estreia Bienal para Você’, promovida pelo TikTok para 10 mil pessoas. A partir de então, os visitantes puderam viver novas experiências, interagir com seus autores preferidos, conhecer novos gêneros e escritores, compartilhar histórias, descobrir e se reconectar com o prazer da leitura em meio a ativações lúdicas e interativas, encontros memoráveis e uma programação vibrante distribuída pelos 130 mil metros quadrados do festival – 40 mil a mais do que em 2023.
A Biblioteca Fantástica, atração para “crianças de todas as idades”, foi uma das principais atrações, convidando leitores a vivenciar as histórias a partir de uma nova perspectiva. A Roda-Gigante Leitura nas Alturas Light, o Escape Bienal Rio Estácio, o Labirinto de Histórias Paper Excellence e a Praça Além da Página Shell – novo espaço ao ar livre onde as tribos literárias foram as grandes protagonistas - somaram mais de 130 mil visitantes, oferecendo momentos únicos.
Mais de 1.850 autores nacionais e internacionais participaram do festival na programação oficial e em eventos paralelos promovidos pelas editoras e patrocinadores. Além de sessões de autógrafos, muitas dessas agendas tiveram curadoria própria, com ricas trocas e geração de conhecimento em palestras e mesas. Foram mais de 1.200 horas de conteúdo, que percorreu os mais diversos gêneros literários e temas da atualidade, de romantasia, thrillers psicológicos e afroliteratura a fé e uma série de temáticas do universo feminino. A Bienal foi de Machado de Assis e Aílton Krenak a novelas e criadores de conteúdo digital sobre literatura.
Teve ainda o sucesso do Artists Alley, que valorizou quadrinistas, ilustradores e artistas independentes, e um importante intercâmbio internacional, que promoveu trocas e momentos especiais entre vozes brasileiras e de diversas partes do mundo, como o encontro marcante entre a premiada escritora Conceição Evaristo, a cubana Teresa Cárdenas e a sul-africana Zukiswa Wanner, em uma conversa profunda e simbólica sobre memória e resistência. A participação da nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, em um bate-papo mediado por Taís Araujo, também reafirmou o papel da Bienal como um espaço onde o mundo escuta o Brasil, e o Brasil escuta o mundo.
Nesta edição especial, os visitantes tiveram uma facilidade extra na palma da mão: o aplicativo oficial do festival. Ao todo, mais de 73 mil bienalers baixaram o app e aproveitaram uma série de facilidades. Com ele, foi possível personalizar a agenda, montar listas de compras, explorar o mapa interativo do Riocentro, acompanhar a programação completa e receber notificações em tempo real. Os leitores também criaram bibliotecas virtuais: mais de 256 mil livros foram registrados no app, uma média de 3,5 por usuário.
Impacto social da Bienal foi diferencial para a UNESCO
A Bienal do Livro Rio – que foi declarada, em 2023, pela Prefeitura do Rio como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial da cidade – é muito mais que um evento. É uma verdadeira plataforma de transformação social e cultural e um dos seus pilares mais importantes é o social. Há 25 anos criou, em parceria com entes públicos, o programa de “Visitação Escolar” e de oferta de vouchers para que alunos e professores da rede pública possam adquirir livros durante o evento. Este ano, mais de 130 mil estudantes de escolas públicas e privadas participaram da iniciativa – 30 mil a mais do que em 2023 – e o investimento para que estudantes, profissionais das redes municipais de ensino, além das bibliotecas estaduais, pudessem escolher seus próprios livros foi de R$ 16 milhões – 18% a mais que na edição anterior.
Os vouchers para compra de livros variaram entre R$ 25 a R$ 200 para os alunos e os profissionais da educação, de R$ 100 a R$ 1 mil, para compra de livros. A iniciativa se deu em parceria com as secretarias municipais de Educação do Rio de Janeiro, de Angra dos Reis e de Queimados, além da Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro. Pela primeira vez, a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa aportou R$ 10 mil para a renovação do acervo de bibliotecas.
“A Bienal é um convite à descoberta. Um espaço onde cada pessoa pode encontrar o seu lugar e a sua história, e onde a literatura cumpre seu papel mais nobre: o de transformar realidades. Por isso, estamos muito felizes em não terminar neste domingo, 22 de junho. Ela segue agora com o projeto ‘Bienal nas Escolas’, apoiado pela Light, que continuará levando autores e experiências literárias para unidades públicas da Região Metropolitana do Estado do Rio até o fim do ano”, comemora Dante Cid.
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