Sábado, 02 de agosto de 2025

Firjan manifesta preocupação com implementação de tarifaço dos EUA contra o Brasil

Tarifas anunciadas hoje impactam diretamente a pauta exportadora do estado do Rio de Janeiro

30/07/2025 às 20h35 Redação

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Segundo a Firjan, em 2024, 48 municípios do estado exportaram para o mercado estadunidense e poderão ser impactados pelo tarifaço. / Foto: Ilustração


A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) reitera sua grave preocupação com a implementação das tarifas estadunidenses sobre as exportações brasileiras. Considerando o anúncio da ordem executiva de hoje pelo governo dos EUA, será aplicada tarifa transversal de 50% para as importações originadas no Brasil, a partir do dia 06 de agosto de 2025, salvo exceções listadas no documento. 

Estas medidas não alteram as tarifas de importação de 50% sobre os produtos de aço e de alumínio anteriormente anunciadas. Estes permanecem como ponto de grande preocupação a ser mantido na agenda de negociações. 

As tarifas anunciadas hoje impactam diretamente a pauta exportadora do estado do Rio de Janeiro, salvo produtos presentes em listas de exceção,como óleos brutos de petróleo. A indústria de Petróleo e Gás compõe aproximadamente 60% das exportações fluminenses para os EUA, sendo o principal item na pauta exportadora e representando 40 mil empregos diretos no estado. 

Segundo a Firjan, em 2024, 48 municípios do estado exportaram para o mercado estadunidense e poderão ser impactados pelo tarifaço. Ainda segundo a Federação, em consulta com a base empresarial, cerca de 60% dos respondentes esperam impactos das medidas em seus negócios no curto prazo, principalmente na queda de receitas, no aumento de custos operacionais e naredução das exportações.

Importante ressaltar também a preocupação do setor industrial com o impacto nos níveis de emprego nos setores afetados. 42% dos empresários entrevistados manifestaram que temem a possibilidade de redução de postos de trabalho. 

Em contraste com as medidas aplicadas, Brasil e os EUA mantêm um longo histórico de relações voltadas para a promoção dos negócios. Os EUA são o principal investidor externo direto no mercado brasileiro e o segundo maior parceiro comercial do Brasil, registrando superávit de US$ 7 bilhões em relação ao Brasil em 2024. 

Nesse contexto, a Firjan defende a urgência da intensificação da atuação diplomática e paradiplomática em diversos níveis para construção de uma solução negociada e célere para mitigação dos impactos econômicos e sociais das novas tarifas anunciadas.

Fonte: Ascom

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