Quarta-feira, 09 de julho de 2025

Polícia do RJ confirma que traumas de queda mataram Juliana Marins

08/07/2025 às 22h56 Redação

Facebook Whatsapp Twitter
Facebook Whatsapp Twitter
Laudo aponta politraumatismo como causa da morte e admite possibilidade de sofrimento físico e psíquico antes do óbito. / Foto: Divulgação

A Polícia Civil do Rio de Janeiro confirmou que a publicitária Juliana Marins, de 26 anos, morreu em decorrência de múltiplos traumas causados por uma queda de altura.

O laudo pericial do Instituto Médico-Legal (IML), elaborado com base no exame cadavérico, concluiu que a causa imediata foi hemorragia interna provocada por lesões poliviscerais e politraumatismo, compatíveis com impacto de alta energia cinética. Não houve sobrevida prolongada após a queda fatal: peritos estimam que Juliana sobreviveu por no máximo 15 minutos após o impacto.

A estimativa exata do horário da morte foi considerada prejudicada devido às condições em que o corpo chegou ao IML, já embalsamado.

Apesar de indicar que os ferimentos seriam letais em curto prazo, os peritos do Rio não descartam a possibilidade de um período de sofrimento físico e psíquico antes da morte efetiva.

“Pode ter havido um período agonal antes da queda fatal, gerando sofrimento físico e psíquico, com intenso estresse endócrino, metabólico e imunológico ao trauma”, destaca um trecho do laudo.

Uma perícia já tinha sido feita na Indonésia, que apontava que a publicitária morreu 20 minutos após uma queda e não teve hipotermia. Não ficou claro, entretanto, quando ocorreu esta queda. O corpo de Juliana foi encontrado quatro dias depois que ela caiu drante uma trilha no país asiático.

A perícia também aponta que não é possível afirmar com segurança se houve outras quedas, mas confirma que os ferimentos são compatíveis com um único impacto de grande intensidade, que comprometeu órgãos vitais e estruturas como crânio, tórax, abdome, pelve, membros e coluna.

Embora o exame não tenha identificado sinais de violência física anterior à queda — como contenção, luta ou tortura —, foram observadas marcas que indicam deslocamento do corpo após o impacto, possivelmente causadas pela inclinação do terreno. O tempo estimado de sobrevida após os ferimentos é de 10 a 15 minutos, mesmo que sem possibilidade de locomoção ou reação eficaz.

O laudo também considera que fatores como estresse extremo, isolamento e ambiente hostil podem ter contribuído para a desorientação da vítima, dificultando sua capacidade de tomar decisões antes da queda. Foram identificadas lesões musculares e ressecamento nos olhos, mas não houve sinais de desnutrição, fadiga intensa ou uso de drogas ilícitas.

Questionados pela família se a ausência de atendimento imediato para a jovem foi fator decisivo para a morte, ou o óbito era inaceitável mesmo com socorro, os peritos disseram que os elementos para a resposta estão prejudicados.

Pedido na Justiça

A realização de uma nova perícia foi um pedido da família para a Justiça brasileira. Além da Polícia Civil, um perito particular acompanhou os procedimentos. O corpo inicialmente seria cremado, mas a família optou por preservá-lo para uma nova pericia.

 

Fonte: G1

Últimas Notícias

EM ALTA

Aviso importante: a reprodução total ou parcial de qualquer conteúdo (textos, imagens, infográficos, arquivos em flash etc) do Portal Ururau não é permitida sem autorização e os devidos créditos e, caso se configure, poderá ser objeto de denúncia tanto nos mecanismo de busca quanto na esfera judicial. Se você possui um blog ou site e deseja estabelecer uma parceria com o Portal Ururau para reproduzir nosso conteúdo, entre em contato através do email: comercial@ururau.com.br

Todos os direitos reservados - Ururau Copyright 2008-2022 Desenvolvimento Jean Moraes