Quarta-feira, 29 de outubro de 2025

Policial morto estava há menos de dois meses na função. Saiba quem são policiais

A operação mobilizou 2.500 agentes das forças de segurança do Rio.

29/10/2025 às 10h55 29/10/2025 às 10h56 Redação

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Entre os mortos estão 2 agentes do Bope e 2 policiais civis. A ação deixou mais de 120 mortos, contando o balanço oficial divulgado pelo governo do RJ e os corpos encontrados por moradores em uma mata. / Foto: Reprodução Globo News

Quatro policiais — 2 civis e 2 militares — morreram nesta terça-feira (28) durante a megaoperação das forças de segurança nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio.

A ação, que integra a Operação Contenção, foi a mais letal da história do estado. O total de mortos passou de 120. Segundo o balanço oficial divulgado ontem pelo governo do RJ, 64 pessoas morreram. Na manhã desta quarta (29), moradores levaram mais de 60 corpos para a Praça São Lucas, na Penha, encontrados em uma área de mata.

Esses corpos não estavam nos números oficiais, informou o secretário da PM, coronel Marcelo de Menezes Nogueira.

81 pessoas foram presas, ainda de acordo com o balanço oficial. A operação mobilizou 2.500 agentes das forças de segurança do Rio.

Entre os feridos está o delegado-adjunto da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), Bernardo Leal. Baleado, passou por cirurgia, e seu estado de saúde é considerado grave.

Os policiais mortos são:

Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, 51 anos, conhecido como Máskara, comissário da 53ª DP (Mesquita);

Rodrigo Velloso Cabral, 34 anos, da 39ª DP (Pavuna);

Cleiton Serafim Gonçalves, 42 anos, 3º sargento do Bope;

Heber Carvalho da Fonseca, 39 anos, 3º sargento do Bope.

Mortos em combate

De acordo com a Polícia Civil, Máskara e Cabral foram atingidos durante a chegada das equipes ao Complexo da Penha, quando traficantes do Comando Vermelho (CV) reagiram a tiros e montaram barricadas em chamas. Eles chegaram a ser levados para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, mas não resistiram.

Os sargentos Cleiton Serafim e Heber Fonseca, do Bope, foram baleados em confrontos na Vila Cruzeiro, também durante o avanço das tropas pela comunidade.

Segundo nota oficial, os PMs foram socorridos e encaminhados ao Hospital Getúlio Vargas, mas morreram por causa dos ferimentos.

Cleiton Serafim ingressou na corporação em 2008. Era casado e deixa esposa e 1 filha. Heber Fonseca, policial desde 2011, deixa esposa, 2 filhos e 1 enteado.

A Secretaria de Polícia Militar e o Bope divulgaram notas de pesar destacando o “compromisso, coragem e lealdade” dos militares.

40 dias de formado

Marcus Vinícius Cardoso, o Máskara, tinha 26 anos de carreira na Polícia Civil e havia sido promovido a comissário na véspera da operação.

Ele ingressou na corporação em 1999, na Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), onde ganhou o apelido por lembrar o personagem do filme estrelado por Jim Carrey.

Marcus trabalhou também na 18ª DP (Praça da Bandeira) e chefiava o Setor de Investigações da 53ª DP (Mesquita).

Já Rodrigo Velloso Cabral estava na polícia havia menos de dois meses. Ele era lotado na 39ª DP (Pavuna), responsável por uma das regiões mais violentas da Zona Norte.

Detalhes da operação

A megaoperação, deflagrada após mais de um ano de investigações da DRE, tinha como objetivo cumprir 100 mandados de prisão contra lideranças do Comando Vermelho. A ação resultou na apreensão de 93 fuzis, além de pistolas, motocicletas e drogas.

Durante os confrontos, criminosos lançaram bombas com drones, incendiaram barricadas e bloquearam vias importantes em represália, como a Linha Amarela, a Grajaú-Jacarepaguá e a Rua Dias da Cruz, no Méier.

Nesta quarta, o Rio amanheceu sem vias obstruídas, informou a Prefeitura. As vias ficaram bloqueadas por mais de 12 horas.

Fonte: G1

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